Vítima mais nova do incêndio em Hong Kong tinha um ano. A mais velha 97
- 03/12/2025
O número de mortos no incêndio que devastou um complexo de habitação pública em Hong Kong, há uma semana, subiu para 159, indicaram as autoridades locais. A vítima mortal mais nova é um bebé de apenas um ano, enquanto a vítima mais velha tinha 97 anos.
Segundo o mais recente balanço, divulgado esta quarta-feira, cerca de 30 pessoas ainda estão desaparecidas. A polícia indicou, ainda, que já concluiu as buscas em sete dos oito prédios afetados pelo incêndio, que começou na passada quarta-feira e só foi extinto na sexta-feira.
"Ainda não terminámos o nosso trabalho", adiantou o comissário da polícia, Joe Chow, citado pela agência de notícias The Associated Press (AP), acrescentando que as autoridades encontraram restos mortais em diferentes apartamentos e tentarão realizar testes de ADN aos restos mortais para os identificar.
Do total de 159 mortos, 19 ainda não foram identificados. Segundo a polícia, entre as vítimas mortais estão dez imigrantes - nove da Indonésia e um das Filipinas - que trabalhavam como empregados domésticos no bairro social e um bombeiro.
Esta quarta-feira, seis pessoas foram detidas por suspeitas de terem desativado os alarmes de incêndio durante os trabalhos de manutenção no complexo habitacional, após moradores e as autoridades terem revelado que alguns alarmes de incêndio nos edifícios não dispararam quando o incêndio deflagrou.
O incêndio, recorde-se, começou no Wang Fuk Court, no distrito suburbano de Tai Po, a norte de Hong Kong, que estava a ser alvo de um projeto de renovação de longa duração.
Na terça-feira, o chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu disse que 2.500 dos cerca de quatro mil residentes do complexo tinham sido transferidos de abrigos temporários para pousadas da juventude, hotéis ou habitação pública.
Mais de dez pessoas já foram detidas por homicídio por negligência
O incêndio levou já à detenção de mais de uma dezena de pessoas por alegado homicídio por negligência, numa investigação que aponta para irregularidades nas obras de manutenção, que estavam em curso no complexo de habitação pública.
Os exames periciais efetuados a 20 amostras de rede utilizada no exterior, recolhida a diferentes alturas, detetaram que sete delas não cumpriam as normas de resistência ao fogo.
O material aprovado só foi instalado nos pisos térreos para evitar controlos após a passagem do supertufão Ragasa, em julho.














