Ventura diz que está "à beira de mudar" um país com 50 anos de vícios
- 17/12/2025
"Nós estamos num momento de facto histórico. Estamos à beira de conseguir mudar um país e um sistema que têm 50 anos de vícios", declarou o também presidente do Chega, na Madeira, apontando que também a região tem vícios, até "um bocado maiores do que em algumas zonas do país".
Ainda assim, apesar de uma sondagem recente ter colocado André Ventura em primeiro lugar nas presidenciais de 18 de janeiro, o candidato realçou que isso não é suficiente e apelou ao voto.
Ventura falava jantar-comício com mais de 400 simpatizantes e militantes, que decorreu num restaurante do concelho de Câmara de Lobos, no âmbito da sua candidatura presidencial.
"As sondagens não nos vão dar vitórias em Portugal. Nós vamos ter que ganhar o país e temos que o convencer. E eu vim aqui hoje também porque eu vos quero convencer de que acho que o país precisa mesmo de uma mudança, [...] precisa de um abanão e nós somos a força desse abanão", aifrmou.
Num discurso de 25 minutos, interrompido diversas vezes por gritos e aplausos dos militantes, que levantavam bandeiras de Portugal e do Chega, André Ventura falou várias vezes no orgulho de ser português, reiterou que é preciso colocar os portugueses em primeiro lugar e que os imigrantes têm de respeitar as tradições portuguesas, assim como trabalhar e ajudar a criar riqueza.
Com a bandeira portuguesa às costas, o candidato presidencial disse que "a bandeira de Portugal não se negoceia" nem "se vende", acrescentando: "Se o Presidente da República andasse mais com esta bandeira e menos com a bandeira LGBT, tínhamos um país melhor".
O candidato falou também num caso de uma jovem de 23 anos com cancro, apontando que o país não a apoia e referindo o caso das gémeas brasileiras que receberam um tratamento de milhões de euros.
Ventura criticou que Portugal "gasta dinheiro em tudo o que não interessa, dá dinheiro para todos os que vêm de fora e não dá para os seus".
"Nós francamente passámos a desvalorizar estas pessoas que trabalham E a valorizar os que não querem fazer nada", realçou ainda.
André Ventura insistiu que o país trabalha "para sustentar uma classe política parasitária", assim como subsidiodependentes e agora tem também de sustentar os imigrantes que estão em Portugal "não à procura de trabalho, mas de mais subsídios".
O candidato presidencial salientou várias vezes o combate à corrupção e disse que debater com os seus adversários Gouveia e Melo e Marques Mendes é o mesmo que estar "em frente à Torre Eiffel".
Referiu ainda que se orgulha de ter dito a Marques Mendes que "é o pior que o sistema tem e representa o pior que o sistema tem", assegurando que também o faria com o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, "cara a cara".
André Ventura sublinhou, por outro lado, que não irá mudar o seu discurso e, numa eventual segunda volta, ainda será "mais contra a corrupção [e] mais contra a subsidiodependência".
No final do discurso, ouviram-se os hinos da Madeira e do país.
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