Ventura diz que esclarecimento da PGR sobre Gouveia e Melo foi "bom indício"
- 30/12/2025
"Tal como eu tenho dito sempre, nos casos criminais que envolvem candidatos é sempre preciso uma coisa, verdade e esclarecimento. Portanto, acho que é um bom indício haver um esclarecimento por parte da entidade que investiga, que é o Ministério Público", disse André Ventura.
O candidato do Chega, que falava à margem de uma ação de rua de contacto com o comércio local no Barreiro, no distrito de Setúbal, considerou importante que se saiba, no caso de uma investigação criminal, qual a sua conclusão.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu hoje que o inquérito em curso sobre os ajustes diretos feitos na Marinha se encontra "em fase final de investigação" e que o candidato à a Belém Henrique Gouveia e Melo não é arguido no processo.
O esclarecimento surgiu um dia depois de a revista Sábado ter noticiado a existência deste inquérito.
André Ventura adiantou que as investigações devem ocorrer quer haja eleições, quer não haja eleições, e considerou importante o esclarecimento para que a campanha eleitoral para as presidenciais seja "mais elevada nos próximos dias".
"Acho que essa tem que ser a boa regra. Porém, quando elas surgem, já surgiram com todos, nestas e noutras eleições e noutras situações, quando a coisa se torna pública e há notícia pública de uma investigação criminal, é importante que quem esteja do outro lado tenha verdade e transparência", frisou. As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Durante a ação que realizou hoje no Barreiro o candidato presidencial do Chega esteve no espaço tradicionalmente visitado pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para beber uma ginjinha.
No discurso aos apoiantes, junto ao Mercado Municipal 1º de Maio, André Ventura disse acreditar na vitória nestas eleições, apelou ao voto na primeira e na segunda volta e identificou-se como o candidato que representa "as pessoas comuns".
"Nós sabemos ou sentimos que estamos do lado certo da história. Porque estamos a representar as pessoas comuns. Eu quero ser o presidente do homem e da mulher comum em Portugal. Quero ser o presidente que diz às pessoas que vamos olhar por elas e não por outros que durante anos foram sempre olhados e tiveram a proteção do Estado. Acho que é momento de começarmos a olhar para aqueles que construíram o país, para aqueles que o levantaram, para aqueles que o definem", acrescentou.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Concorrem às presidenciais 11 candidatos, um número recorde e a campanha eleitoral decorre de 04 a 16 de janeiro.
Os candidatos são Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes (apoiado pelo PSD e CDS), António Filipe (apoiado pelo PCP), Catarina Martins (Bloco de Esquerda), António José Seguro (apoiado pelo PS), o pintor Humberto Correia, o sindicalista André Pestana, Jorge Pinto (apoiado pelo Livre), Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), André Ventura (apoiado pelo Chega) e o músico Manuel João Vieira.
Esta é a 11.ª eleição, em democracia, desde 1976, para o Presidente da República.
[Notícia atualizada às 14h50]














