"Vamos investir em fragatas, artilharia, satélites, blindados e drones"
- 03/12/2025
"Vamos investir em fragatas, em artilharia de campanha, em satélites, em veículos médios de combate, em viaturas estáticas, em munições, em sistemas antiaéreos e em drones, sendo que, no caso dos drones, o projeto do SAFE é liderado por Portugal", adiantou Nuno Melo, numa conferência de imprensa que decorreu no Instituto de Defesa Nacional (IDN), em Lisboa.
No passado dia 28, o Conselho de Ministros aprovou a candidatura formal de Portugal ao programa europeu de empréstimos para a Defesa SAFE, no valor de 5,8 mil milhões de euros.
Após a candidatura inicial, "abre-se agora um processo que é de contratação até ao final de fevereiro, quando então a Comissão Europeia confirmará em concreto tudo o que vai suceder", explicou Nuno Melo.
Ainda assim, as prioridades do Governo português já estão estabelecidas: o executivo quer que estes investimentos avultados se traduzam na edificação de novas infraestruturas, equipamentos e formação de pessoal no Arsenal do Alfeite, de forma a transportá-lo "para as exigências da Armada e também para as exigências do século XXI".
Nuno Melo adiantou que Portugal quer ter uma "unidade industrial para produção e manutenção de veículos blindados", que sirva não apenas veículos nacionais mas também de outros países, além da instalação de uma fábrica de munições de pequenos calibres, que já tinha sido anunciada, uma vez que esta produção "é deficitária na União Europeia".
"Teremos a produção de satélites, também em Portugal, reforçando o papel de Portugal no espaço", acrescentou Melo.
No âmbito destes investimentos, Portugal vai desenvolver parcerias com Itália, França, Finlândia, Alemanha, Espanha e Bélgica.
Nuno Melo não detalhou ainda número de equipamentos ou a que empresas estes vão ser adquiridos, mas interrogado sobre que investimento terá maior peso afirmou que "o programa mais avultado será relativo à Marinha", numa altura em que duas empresas, a francesa Naval Group, e a italiana Fincantieri, disputam o negócio de venda ao Estado português de duas a três fragatas.
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