Vacinas? "Cabe ao Ministério regular e não o tem feito adequadamente"

  • 06/12/2025

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Carlos Cortes, recordou, este sábado, que cabe à tutela da Saúde “regular a disponibilidade das vacinas”, tendo considerado ser “óbvio que não o tem feito adequadamente”, tendo em conta a falta de vacinas contra a gripe para quem não integra os grupos elegíveis.

 

“Obviamente que a Ordem defende a vacinação para as pessoas, precisamente como medida de prevenção, para poder evitar as doenças e as infeções próprias da época em que estamos. Sabemos que têm havido dificuldades, mas cabe, obviamente, ao Ministério da Saúde resolvê-las, e à Direção-Geral da Saúde (DGS) também”, começou por dizer Carlos Cortes, em declarações à imprensa.

Novamente questionado sobre o tema, o responsável reforçou que “cabe ao Ministério da Saúde regular a disponibilidade das vacinas e é óbvio que não o tem feito adequadamente”.

Isto porque a Associação Nacional de Farmácias (ANF) admitiu, na sexta-feira, haver dificuldades na vacinação contra a gripe de pessoas que não integram os grupos elegíveis, face à falta de vacinas nos laboratórios para o chamado contingente privado.

"Existem constrangimentos na aquisição de vacinas junto dos distribuidores para pessoas que pretendem vacinar-se, mediante receita médica, fora dos grupos com direito à vacinação gratuita", adiantou a ANF à agência Lusa.

A associação liderada por Ema Paulino salientou ainda que não se verifica falta de vacinas nas farmácias para as pessoas que integram os grupos elegíveis e que podem ser vacinadas no âmbito da campanha sazonal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Até ao momento, a informação de que dispomos indica que os laboratórios já confirmaram não possuir mais vacinas destinadas ao contingente privado", referiu a ANF.

Segundo os últimos dados da Direção-Geral da Saúde, que definiu o objetivo de vacinar 2,5 milhões de pessoas contra a gripe, cerca de 2,3 milhões de vacinas já foram administradas desde setembro, quando se iniciou a atual campanha sazonal de outono-inverno. Neste momento, a cobertura vacinal da população com mais de 60 anos está nos 60,7%, sendo mais elevada nos idosos com 85 ou mais anos (83,1%).

A campanha de vacinação decorre até 30 de abril de 2026 em unidades de saúde do SNS e em 2.500 farmácias comunitárias.

Portugal entrou em fase "epidémica" de gripe

Portugal entrou em fase epidémica de gripe com tendência crescente, registando um aumento de casos confirmados, incluindo internamentos em cuidados intensivos, alertou ontem o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

"Os dados relativos à atividade gripal nesta época de 2025-26 (...) mostraram que na semana 48, que se iniciou a 24 de novembro, a atividade gripal é epidémica", disse à agência Lusa Raquel Guiomar, responsável pelo Laboratório Nacional de Referência para o vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Insa.

Nas últimas duas a três semanas, observou-se "um aumento do número de casos confirmados laboratorialmente de infeção pelo vírus da gripe" e reportados pela Rede de Médicos Sentinela, de acordo com a especialista.

"Temos vindo a detetar os dois subtipos do vírus da gripe do tipo A, quer o vírus AH1N1, quer o vírus AH3N2", havendo neste momento "um ligeiro predomínio" do AH1N1.

Segundo a investigadora, o novo subgrupo de vírus do subtipo AH3N2, designado K, já foi detetado em Portugal e representa cerca de 45% dos vírus AH3N2 caracterizados até agora.

A epidemia chegou "três a quatro semanas mais cedo" do que o habitual em Portugal, aproximando-se do padrão observado em 2023-24. "Mas ainda não atingimos a atividade máxima. No fundo, estamos, neste momento, em atividade gripal epidémica com tendência crescente", vincou.

Quanto a outros vírus respiratórios, a circulação do SARS-CoV-2 é atualmente reduzida e o vírus sincicial respiratório (RSV) mantém baixa atividade, embora possa aumentar nas próximas semanas.

Ordem dos Farmacêuticos apela a garantia de acesso à vacina de gripe

Ordem dos Farmacêuticos apela a garantia de acesso à vacina de gripe

A Ordem dos Farmacêuticos pediu hoje à Direção-Geral da Saúde e Infarmed que tomem medidas para garantir o acesso adequado às vacinas da gripe a quem tem recomendação para tal, mesmo sem pertencer aos grupos de risco.

Lusa | 14:50 - 05/12/2025

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/pais/2900483/vacinas-cabe-ao-ministerio-regular-e-nao-o-tem-feito-adequadamente#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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