"Um Quinteto de Morte" estreia-se com Florbela Queiroz e Carlos Areia

  • 22/11/2025

Adaptada do clássico com o mesmo título, no qual cinco criminosos planeiam um assalto a um banco e alugam quartos a uma idosa alegando serem um quinteto musical, a peça estreia-se dia 29 deste mês, no Teatro Armando Cortez, em Lisboa, quando se cumprem 70 anos da estreia do filme e 100 de nascimento do ator britânico Peter Sellers.

 

Com tradução, encenação, cenografia e figurinos de Frederico Corado, a escolha da peça tem vários motivos, como disse o próprio à Lusa: pelo "lado emocional" que o liga ao filme, ao qual "foi apresentado muito cedo" pelo pai, o cineasta e crítico Lauro António.

Por outro lado, em 2013, viu a peça de teatro em Londres, tendo ficado "muito entusiasmado com a ideia de a poder fazer cá".

Na altura, falou com o ator José Raposo, porque achou que o papel de Alec Guiness no filme "era feito para ele". Começaram a falar do projeto e, aí, "começou a nascer a ideia" de se fazer a peça em Portugal.

Doze anos depois de "ter vindo a ser acarinhado", o espetáculo chega agora ao palco com um elenco também "escolhido na base dos afetos", frisou.

"Porque não só os atores vão servir extraordinariamente estas personagens, como é um grupo de gente que se dá muito bem e se conhecem há muitos anos", argumentou o encenador, sublinhando que todos cumprem "papéis e desempenhos extraordinários".

A peça conta ainda com três participações especiais de outras tantas residentes na Casa do Artista: as atrizes Natália Guimarães e Lourdes Lima, e Teresa Sanches, que começou como ponto no teatro, tendo também sido assistente de ensaios, de encenação, de produção e de operadora de luzes.

"Trazer de volta ao palco, num grande papel, a Florbela Queiroz" foi "insistência de José Raposo", bem como Carlos Areia, que esteve em palco há dois anos, num "papel pequeno" e que "regressa agora num grande papel de forma extraordinária", acrescentou.

Esta é uma peça que, à semelhança do filme, tem um "lado muito curioso" não apenas por estarem a levar para cena "um grupo de atores já muito calejados", mas também por se tratar de uma história em que "uma velhinha dá uma lição sobre sobrevivência a um grupo de cinco ladrões".

"Uma lição muito importante nos dias de hoje", não apenas por "valorizar o saber dos mais velhos", como pelo facto de a senhora Whitmore "nunca se deixar corromper, pois tem uma moral altamente elevada, apesar deles a tentarem corromper o mais possível". E "mesmo os assaltantes acabam por nos dar uma lição", indicou Frederico Corado.

Em declarações à Lusa, também José Raposo disse ter ficado "super interessado" no espetáculo desde que Frederico Corado lhe falou dele, por ser "uma peça giríssima, de humor negro, à inglesa", e, ainda que adaptada tem "muito toque irlandês", o que "raramente" têm feito.

"Uma comédia negra, que tem um tom que não é muito básico, não é uma comédia de portas, não é nada disso; tem todo um subtexto muito engraçado", além de ter "um elenco fantástico", onde é patente a cumplicidade dos atores e para a qual "fazia muita questão" de ter "a grande Florbela Queiroz".

"E ela quando se falou nisso ficou também muito contente, felizmente para nós, tê-la aqui é um privilégio", frisou José Raposo.

Questionado sobre se a peça é uma mensagem para os dias de hoje, José Raposo ripostou de forma afirmativa, justificando com as "fake news e a tudo o que se passa nas redes sociais em que as pessoas são 'endrominadas' com uma grande facilidade". "Isto é uma mensagem para que não se deixem endrominar", observou.

"E para que estejam mais atentas, para que não acreditem na primeira coisa que veem ou que ouvem. E que se informem acima de tudo", enfatizou.

Já para Carlos Areia, "estar a trabalhar é ótimo, independentemente de ser esta peça ou outra". "Mas ter o privilégio de fazer parte desta peça e desta história maravilhosa, que conhecia", pois viu o filme original e adorou, e fazer agora parte desta história é algo que lhe deixa marcas, observou.

"É uma honra, é um privilégio. Aliás, para mim, tudo na minha vida o é, chegar a esta idade já é um privilégio e ter este acrescento de trabalhar com gente maravilhosa como esta ainda mais", referiu.

Para Florbela Queiroz, que na véspera da estreia celebra 68 anos de carreira, participar no espetáculo "é voltar a casa".

"Quando o Zé [Raposo] me falou, disse, 'Zé, realmente eu já estou com 82 anos, não tarda nada vou-me embora, ao menos que vá na minha casa'", referindo-se à comédia. "Que vá a fazer realmente aquilo que eu estudei para fazer e aquilo que eu gosto de fazer", concluiu.

O elenco de "Um Quinteto de Morte", na adaptação de Graham Linehan traduzida por Frederico Corado, conta com Florbela Queiroz, José Raposo, Carlos Areia, Heitor Lourenço, Miguel Raposo, Ricardo Raposo, António Machado e Fátima Severino.

Produzida pela UAU, a peça está em cena no Teatro Armando Cortez até 22 de março de 2026, com sessões de quarta-feira a sábado, às 21:00, e, ao domingo, às 18:00. Depois seguirá em digressão, com representações já agendadas para o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, a partir de 18 de junho de 2026.

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/cultura/2892686/um-quinteto-de-morte-estreia-se-com-florbela-queiroz-e-carlos-areia#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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