UE defende integridade territorial da Somália após Israel reconhecer a Somalilândia
- 27/12/2025
Numa nota publicada no 'site' oficial, o Serviço Europeu para a Ação Externa sublinha a importância do "respeito pela unidade, soberania e integridade territorial da República Federal da Somália, em conformidade com a sua Constituição, as Cartas da União Africana e das Nações Unidas".
Defendendo tratar-se de um princípio fundamental da paz e estabilidade na região, Bruxelas apela ao diálogo entre a Somalilândia e o Governo Federal da Somália "para resolver divergências de longa data".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou, na sexta-feira, o reconhecimento oficial do "Estado independente e soberano" da Somalilândia, sendo o primeiro país a reconhecer a auto-proclamada independência deste estado separatista da Somália.
Com um território de 175.000 quilómetros quadrados, situado no extremo noroeste da Somália, a Somalilândia declarou unilateralmente a independência em 1991.
Desde então, funciona de forma autónoma, com moeda, exército e polícia próprios, e distingue-se pela relativa estabilidade em comparação com a Somália.
Embora mantenha contactos diplomáticos com diversos países, nenhum Estado-membro das Nações Unidas reconhecia a sua existência como país independente.
O Governo da Somália condenou e rejeitou prontamente o reconhecimento por parte de Israel da independência da Somalilândia, seguindo-se críticas da Liga Árabe, União Africana e Autoridade Intergovernamental sobre Desenvolvimento, do grupo armado Al-Shabaab, ligado à Al-Qaeda, Palestina, Hamas e China.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu numa declaração hesitante que não se juntará ao reconhecimento da independência da Somalilândia, mas admitiu "estudar" a ideia.
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