Trump minimiza preocupações quanto a eventual bolha bolsista ligada à IA
- 08/11/2025
"Não. Eu adoro a IA. Penso que vai ser muito útil", respondeu, quando questionado pela AFP, por ocasião da receção ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, na Casa Branca.
"Estamos à frente da China. Estamos à frente do mundo em termos de IA", acrescentou.
A concorrência económica e geopolítica está a causar um frenesim de investimento no setor.
A afirmação de Trump ocorre quando a bolsa nova-iorquina mostrou nos últimos dias sinais de fraqueza, a manifestar alguma prudência face às valorizações vertiginosas dos conglomerados tecnológicos e da IA.
Os analistas inquietam-se que algumas capitalizações tenham subido demasiado alto e demasiado depressa, tanto mais que as dúvidas aumentam sobre a capacidade de os conglomerados absorverem os custos colossais da corrida à IA.
Este nervosismo foi ilustrado na quinta-feira por uma polémica suscitada por declarações confusas da direção da OpenAI, criadora do ChatGPT, quanto a um eventual pedido de apoio governamental, retiradas entretanto.
Hoje, às 18.50 TMG, o índice tecnológico Nasdaq recuava 1,17%, evolução esta partilhada pela maioria dos títulos ligados à IA, casos de Nvidia (-2,02%), Broadcom (-3,92%) e Microsoft (-0,42%).
Para Arnaud Morvillez, gestor de investimento na Uzes Gestion, em declarações à AFP, "há nichos de mercado que foram muito valorizados, em particular em torno da IA. É preciso que 'esvaziem', que os investidores realizem alguns ganhos para que se reparta com bases sãs".
Na opinião de Patrick O''Hare, da Briefing.com, "os investidores procuram agora determinar se esta perda de dinamismo é uma simples consolidação ligada à realização de ganhos ou o início de uma correção mais importante ligada à valorização" de alguns conglomerados.
Lionel Melka, associado da Swan Capital, questiona mesmo se não se atingiu "um ponto de inflexão".
As despesas na IA devem atingir no mundo inteiro cerca de 1,5 biliões (milhão de milhões) de dólares em 2025, segundo o gabinete de consultoria norte-americano Carter, seguida por dois biliões em 2026, o que equivale a dois por cento do produto mundial.
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