Trump anuncia renovar de tréguas entre Tailândia e Camboja
- 12/12/2025
Num comunicado divulgado na rede Truth Social, Trump revelou ter mantido conversações telefónicas com o primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, e com o chefe do Governo cambojano, Hun Manet, garantindo que ambos "concordaram em cessar todos os disparos a partir desta noite e regressar ao Acordo de Paz original", concluído com a sua intervenção e "com a ajuda do grande primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim".
O cessar-fogo inicial, alcançado em julho, resultou da pressão direta de Washington, que ameaçou suspender privilégios comerciais caso Banguecoque e Phnom Penh não aceitassem pôr termo às hostilidades.
O entendimento foi aprofundado em outubro, numa reunião regional na Malásia em que Trump participou.
Apesar da trégua, os dois países continuaram a protagonizar uma intensa guerra de propaganda e registaram episódios esporádicos de violência transfronteiriça, alimentando receios de uma nova escalada antes da intervenção diplomática de Washington.
As tensões remontam ao mapa de 1907, elaborado sob administração colonial francesa, que a Tailândia considera impreciso, e agravaram-se após a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), em 1962, que atribuiu ao Camboja a soberania sobre a zona do templo de Preah Vihear.
A recente vaga de violência incluiu ataques aéreos tailandeses contra alegados alvos militares cambojanos e o uso, por Phnom Penh, de lança-foguetes BM-21 com alcance entre 30 e 40 quilómetros.
Pelo menos seis soldados tailandeses morreram atingidos por estilhaços de 'rockets', enquanto o Exército da Tailândia reportou danos em áreas residenciais junto à fronteira.
O comando militar tailandês anunciou ainda ter destruído um guindaste instalado numa colina controlada pelo Camboja, perto do templo de Preah Vihear, alegando que o equipamento era utilizado para fins de comando e controlo militar através de dispositivos eletrónicos e óticos.
[Notícia atualizada às 18h46]
Leia Também: Trump lança "gold card" e, em troca de 1 milhão, dá residência nos EUA













