Três mortos em ataque suicida contra forças de segurança no Paquistão
- 24/11/2025
Às 08:10 locais (03:21 em Lisboa), três pessoas levaram a cabo um ataque suicida contra "o quartel-general da polícia fronteiriça", disse o chefe da polícia de Peshawar, Mian Saeed, à agência de notícias France-Presse (AFP).
"Três membros das forças de segurança que guardavam a entrada foram mortos e outros quatro ficaram feridos", referiu Saeed.
A mesma fonte disse ainda que dois atacantes conseguiram entrar nas instalações antes de serem "rapidamente neutralizados".
Um jornalista da AFP, presente no local do ataque, viu os corpos dos supostos agressores, manchas de sangue na estrada e a porta do quartel-general repleta de balas.
"O ataque terminou e uma operação de limpeza está em curso para garantir que não restam munições não detonadas", disse à AFP o inspetor-geral da polícia de Peshawar, Zulfiqar Hameed.
Os autores do ataque, que ainda não foi reivindicado, "serão encontrados e punidos", reagiu o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, reiterando o desejo de "erradicar o terrorismo".
Confrontada com um ressurgimento de ataques contra as suas forças de segurança, Islamabade tem acusado o Afeganistão de abrigar grupos terroristas, entre os quais se destacam os talibãs paquistaneses, o que Cabul nega.
Em 11 de novembro, um atentado à bomba em frente a um tribunal de Islamabade causou 12 mortos e dezenas de feridos. O ataque foi reivindicado por uma fação dos talibãs paquistaneses e orquestrado a partir do Afeganistão, de acordo com Islamabade, que deteve quatro suspeitos.
As relações entre o Paquistão e o Afeganistão, afetadas por estas questões de segurança, deterioraram-se, conduzindo a graves confrontos entre os dois, em meados de outubro.
Os confrontos ocorreram principalmente na fronteira, mas também se estenderam até Cabul, atingida por explosões atribuídas por Islamabade a "ataques de precisão".
Os países vizinhos concordaram com uma frágil trégua, cujos contornos não conseguiram definir, apesar de várias rondas de negociações, devido a um impasse em questões de segurança.
O ano de 2024 foi o mais mortífero para o Paquistão em quase uma década, com mais de 1.600 mortos nesses atos de violência.
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