Tatiana Schlossberg, neta de JFK, revela que tem cancro terminal
- 22/11/2025
A jornalista Tatiana Schlossberg, neta do antigo presidente norte-americano John F. Kennedy, revelou este sábado que foi diagnosticada com cancro terminal e que lhe resta menos de um ano de vida.
Num artigo, publicado na revista The New Yorker, a filha de 35 anos de Caroline Kennedy e do artista Edwin Schlossberg contou que foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda (LMA) com uma mutação rara conhecida como Inversão 3, uma anomalia genética encontrada em menos de 2% dos casos de LMA.
Schlossberg explicou que descobriu a doença após dar à luz a sua filha, em maio de 2024, depois de o seu médico ter notado um desequilíbrio na contagem de glóbulos brancos.
"Algumas horas depois, o meu médico percebeu que o meu hemograma estava estranho. Uma contagem normal de glóbulos brancos é de cerca de quatro a onze mil células por microlitro. A minha estava a cento e trinta e uma mil células por microlitro", escreveu.
Na altura, o médico explicou-lhe que "podia ser algo relacionado com a gravidez e o parto" ou "podia ser leucemia", mas Tatiana Schlossberg recusou acreditar. "Tinha um filho que amava mais do que tudo e um recém-nascido que precisava de cuidar", disse.
A neta de John F. Kennedy - o presidente norte-americano que foi assassinado a tiro num evento em Dallas, no Texas, há precisamente 62 anos - casou-se com George Moran, em 2017. Ambos têm dois filhos: um menino de três anos e uma menina de um ano.
“When you are dying, at least in my limited experience, you start remembering everything.” Tatiana Schlossberg, the daughter of Caroline Kennedy, writes about receiving a terminal diagnosis. https://t.co/cqpafPbNOj
— The New Yorker (@NewYorker) November 22, 2025
Tatiana Schlossberg foi, então, confrontada com as opções de tratamento, mas foi avisada que "não poderia ser curada por um tratamento padrão".
"Não conseguia acreditar que estavam a falar de mim", afirmou. "Tinha nadado uma milha na piscina no dia anterior, grávida de nove meses. Não estava doente. Não me sentia doente. Na verdade, era uma das pessoas mais saudáveis que conhecia."
Seguiram-se cinco semanas internada no Hospital Columbia-Presbyterian, em Nova Iorque, até ser transferida para o Memorial Sloan Kettering para um transplante de medula óssea.
No artigo, Schlossberg lembrou os dias de tratamento que recebeu enquanto o seu primo, Robert F. Kennedy Jr., era confirmado como secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, depois de "se ter candidatado à presidência como independente, mas principalmente como uma vergonha para mim e para o resto da minha família".
Contou, ainda, que os pais e os irmãos, incluindo Jack Scholossberg, que se candidatou recentemente ao Congresso dos Estados Unidos, têm ajudado a cuidar dos seus filhos pequenos e estado ao seu lado "quase todos os dias durante o último ano e meio".
"Eles seguraram a minha mão com firmeza enquanto eu sofria, tentando não demonstrar a sua dor e tristeza para me proteger delas. Isto tem sido um grande presente, mesmo que eu sinta a dor deles todos os dias", escreveu, lamentando que tenha adicionado uma "nova tragédia" à história da família.
"Durante toda a minha vida, tentei ser boa, uma boa aluna, uma boa irmã e uma boa filha, e proteger a minha mãe, nunca a deixando perturbada ou zangada. Agora, acrescentei uma nova tragédia à vida dela, à vida da nossa família, e não há nada que eu possa fazer para a impedir", disse.
Tatiana Schlossberg referia-se à história de tragédias da sua família que, além do assassinato do avô, inclui também o assassinato do seu tio-avô, o antigo procurador-geral Robert F. em 1968.
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