Tailândia diz que os ataques do Camboja causaram primeira morte de civil

  • 14/12/2025

Ambos os países confirmaram que os combates em grande escala, desencadeados por uma escaramuça em 07 de dezembro que feriu dois soldados tailandeses, continuaram hoje. Os dois lados estão a disputar territórios fronteiriços há muito tempo, alguns dos quais contêm ruínas de templos centenários.

 

Mais de duas dezenas de pessoas de ambos os lados da fronteira foram oficialmente declaradas mortas nos combates da semana passada e mais de meio milhão foram deslocadas.

Jornalistas da agência Associated Press (AP) chegaram ao local do impacto do míssil no domingo, no distrito de Kantharalak, província de Sisaket, cerca de 10 minutos após o impacto e testemunharam o corpo de um homem totalmente envolto em ligaduras a ser colocado numa maca e levado para uma ambulância.

Uma casa a algumas centenas de metros estava em chamas, com voluntários da aldeia a tentar apagar o fogo com baldes de água. Um pedaço de estilhaço, que se acredita ser do mesmo míssil, estava incrustado na estrada nas proximidades.

A vítima, identificada como Don Patchapan, foi morta no centro de uma área residencial perto de uma escola, de acordo com um comunicado do exército tailandês.

O porta-voz do governo tailandês, Siripong Angkasakulkiat, condenou o Camboja por disparar deliberadamente contra áreas civis, dizendo que tal ação era "cruel e desumana".

A Tailândia já havia relatado mortes de civis durante o conflito renovado, mas a maioria deles já tinha problemas de saúde subjacentes e morreu durante uma evacuação.

O Camboja destacou lançadores de mísseis BM-21 montados em camiões com um alcance de 30 a 40 quilómetros. Cada um pode disparar até 40 foguetes de cada vez, mas não pode ser direcionado com precisão. Caíram principalmente em áreas de onde a maioria das pessoas já havia sido retirada.

As autoridades tailandesas afirmam que o Camboja lançou milhares de foguetes praticamente todos os dias.

Entretanto, a Tailândia tem realizado ataques aéreos com os seus caças, com o Camboja a afirmar que os bombardeamentos continuaram hoje. Ambos os lados têm utilizado drones para vigilância e lançamento de bombas.

Moradores de outra aldeia em Kantharalak afirmaram que diversas casas foram danificadas por um ataque com mísseis no sábado.

Kanbancha Charoensri, que estava na aldeia durante o ataque, disse que vários mísseis caíram nas proximidades e feriram algumas pessoas.

As forças armadas tailandesas reconheceram que 16 dos seus soldados morreram durante os combates e estimaram, hoje, que houve pelo menos 221 mortes entre os soldados cambojanos.

O Camboja denunciou a contagem tailandesa de mortos como desinformação e ainda não reconheceu nenhuma baixa militar. O país afirmou que pelo menos 11 civis foram mortos e mais de seis dezenas ficaram feridos.

O primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, enviou uma mensagem de incentivo aos seus compatriotas, escrevendo nas redes sociais que está orgulhoso de ver a força desta nação "nesta situação em que o país enfrenta dificuldades devido à agressão dos países vizinhos".

Os novos combates inviabilizaram o cessar-fogo promovido pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que pôs fim a cinco dias de combates em julho.

O cessar-fogo foi mediado pela Malásia e imposto pela pressão de Trump, que ameaçou retirar privilégios comerciais a menos que a Tailândia e o Camboja concordassem. Foi formalizado com mais detalhes em outubro, numa reunião regional na Malásia na qual Trump participou.

 Trump anunciou na sexta-feira passada que os dois países concordaram, a seu pedido, em renovar o cessar-fogo, mas o primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, negou ter assumido qualquer compromisso e o Camboja anunciou que continuaria a lutar no que considera ser autodefesa.

Um navio de guerra da Marinha tailandesa no Golfo da Tailândia juntou-se ao combate na manhã de sábado, trocando tiros com armas baseadas na província de Koh Kong, no sudoeste do Camboja. Cada lado culpou o outro por iniciar o confronto numa nova frente.

Leia Também: Combates entre Tailândia e Camboja prosseguem junto à fronteira

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2903999/tailandia-diz-que-os-ataques-do-camboja-causaram-primeira-morte-de-civil#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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