Suspeito de tiroteio perto da Casa Branca declara-se inocente
- 02/12/2025
O homem acusado de disparar contra dois agentes da Guarda Nacional dos EUA, matando um, declarou-se, esta terça-feira, inocente. A decisão foi transmitida através de um videochamada, dado que o suspeito, Rahmanullah Lakanwal, está hospitalizado.
A juíza Renee Raymond, do distrito de Columbia, ordenou que o acusado permaneça sob custódia sem direito a fiança até ao julgamento.
Durante a audiência virtual, apareceu coberto por um cobertor, exceto pela cabeça, e com os olhos fechados enquanto se contorcia de dor.
O homem, de 29 anos e natural do Afeganistão, foi também atingido por disparos durante o tiroteio que aconteceu a semana passada junto à Casa Branca, em Washington DC.
Para além de enfrentar uma acusação de homicídio em primeiro grau, o homem é também acusado de acusado de agressão com intenção de matar estando armado, porte de arma de fogo e porte de arma de fogo durante um crime violento. A todos as acusações respondeu que era inocente.
Ambos os guardas foram atingidos na zona da cabeça, tendo a vítima mortal, uma jovem de 20 anos, morrido devido aos ferimentos. Para além da jovem agente Sarah Beckstrom, também Andrew Wolfe, de 24 anos, foi atingido, estando ainda em estado grave.
As autoridades continuam, de acordo com que aponta a imprensa norte-americana, a tentar identificar o motivo do tiroteio.
Quem é Rahmanullah Lakanwal?
Segundo o que explicou um familiar de Rahmanullah Lakanwal, o homem chegou aos Estados Unidos em setembro de 2021,, depois de servir no exército afegão durante dez anos ao lado das Forças Especiais dos EUA. Vivia em Bellingham, Washington, com a mulher e os cinco filhos.
A CIA confirmou que Lakanwal trabalhou para o governo dos Estados Unidos como membro de uma força parceira que atuava em Kandahar, a segunda maior cidade do Afeganistão, depois de Cabul. Os serviços que prestou para o governo norte-americano acabaram em 2021, depois da saída das tropas dos EUA do Afeganistão.
Foi o presidente dos EUA, Donald Trump, que na quinta-feira, dia seguinte ao ataque, confirmou a morte da agente.
Pam Bondi, procuradora-geral dos Estados Unidos, admitiu que o Departamento de Justiça poderá avançar com acusações relacionadas com terrorismo e requerer a pena de morte.
Após este ataque, a administração Trump congelou todos os pedidos de asilo de qualquer nacionalidade e está a considerar alargar a lista de países com restrições de viagem para os Estados Unidos.
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