Stellantis apela a metas de emissões mais flexíveis na UE
- 18/11/2025
Atualmente, a União Europeia planeia metas rigorosas de emissões para os próximos anos - culminando na proibição de novos carros com motores de combustão a partir de 2035.
Isso deverá forçar a adoção de automóveis elétricos por questões ambientais, mas coloca os construtores sob grande pressão devido à lenta adoção deste tipo de tecnologias por parte dos clientes. Vários fabricantes e até alguns países têm pressionado no sentido de aliviar as medidas, com uma decisão esperada para dezembro.
Antes de 2035, há objetivos de emissões intermédios a alcançar em 2030, que se afiguram como irrealistas com a adoção muito mais lenta do que o esperado de carros elétricos. E a Stellantis quer que as intenções da UE sejam revistas.
O seu presidente, John Elkann, defendeu numa entrevista ao Politico que deverá ser instituída uma média de emissões no período 2028/2032, em vez de um objetivo fixo. Foi o esquema implementado para flexibilizar as regras inicialmente previstas para 2025: agora, os fabricantes têm de cumprir uma meta que consiste na média entre 2025 e 2027.
O conglomerado, que tem mais de uma dezena de marcas na Europa e nos Estados Unidos da América, pretende que as leis comunitárias previstas para 2035 sejam revistas - não para dispensar o objetivo da neutralidade carbónica, mas para permitirem outros tipos de motorizações neutras - incluindo híbridos plug-in, extensores de autonomia e alternativas de combustíveis ecológicos.
De referir que a Associação de Construtores Automóveis Europeus (ACEA) está preocupada com as metas de emissões futuras, previstas para 2030 e 2035. O incumprimento poderá valer fortes multas aos fabricantes, e a entidade considera que não são viáveis com o atual ritmo de adoção de elétricos: "A ACEA apela a uma abordagem mais inteligente e realista que reconheça os desafios dos carros e furgões e apoie uma transição para a mobilidade zero emissões competitiva e guiada pelos clientes", defendeu no início do mês.
Descartar automóveis antigos
Noutra frente para um setor automóvel mais amigo do ambiente, John Elkann defende que Bruxelas deveria criar um programa de abate de automóveis mais antigos. Isso tiraria modelos mais poluentes das estradas do Velho Continente, ajudando a baixar as emissões e a impulsionar o comércio automóvel.
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