Sindicato alemão exorta empresas a não dialogarem com partido de extrema-direita
- 27/11/2025
As empresas alemãs devem "matar no ovo" qualquer ideia de aproximação com o AfD, disse Frank Wernecke, dirigente do sindicato Ver.di, a jornalistas do grupo Funke.
"A História ensina-nos o quão importante é que a economia se demarque claramente dos extremistas de direita, realçou, lembrando o apoio decisivo dos dirigentes industriais alemães a Adolf Hitler.
O debate sobre o 'cordão sanitário' reservado a este partido anti-imigrantes e pró-russo foi relançado por Marie-Christine Ostermann, presidente da Associação das Empresas Familiares, que admitiu na segunda-feira ao jornal económico Handelsblatt que está pronta para debates ideias com o AfD.
Em resultado, "a interdição de contacto" com os deputados deste partido, em vigor até agora para os seus associados, foi levantada, indicou Ostermann.
Se a sua associação "não quer um governo com a AfD", cuja "visão do mundo" não corresponde às suas "convicções", ela estima que hoje é preciso privilegiar "um confronto com o conteúdo do programa" do partido.
Empresas conhecidas, como a cadeia farmacêutica Rossmann, o fabricante de bebidas Fritz-Kola e o de aparelhos eletrodomésticos Vorwerk - criador do Thermomix -, saíram depois das declarações de Ostermann em sinal de protesto.
Fundado em 2013, o AfD está em ascensão. Após ter ficado em segundo lugar nas legislativas de fevereiro, está agora à frente dos democratas-cristãos do chanceler Friedrich Merz.
Durante a última campanha eleitoral, este foi acusado de não aplicar o 'cordão sanitário', que exclui qualquer cooperação política com o AfD, ao aceitar os votos deste para fazer aprovar no paramento uma moção sobre política migratória.
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