Seguro pediu voto útil, mas António Filipe colou-o a Passos: O debate

  • 20/12/2025

No confronto televisivo, emitido pela TVI, o candidato apoiado pelo PCP, António Filipe, insistiu que Seguro se situa no espetro do "consenso neoliberal", juntamente com Luís Marques Mendes e Henrique Gouveia e Melo e que "fazia falta uma candidatura identificada com os direitos e interesses dos trabalhadores".

 

"Existem duas voltas para que os eleitores possam votar na primeira volta no candidato no qual se identificam. Eu confio que os eleitores me levarão à segunda volta. Porque se na primeira volta só pensamos na segunda, estamos a abdicar do nosso direito de voto", argumentou o antigo deputado comunista.

António José Seguro, que conta com o apoio do PS, ripostou que "nestas eleições o voto útil é na primeira volta e não na segunda" e manifestou-se convencido de que António Filipe "não dormiria bem" se passarem à segunda volta dois candidatos de Direita.

Insistindo na necessidade de "equilibrar" o sistema político português, Seguro apelou ao voto dos eleitores "de Esquerda, moderados e até de centro-direita" nas eleições marcadas para 18 de janeiro, mas recusou a intenção de querer ser um "primeiro-ministro sombra".

António Filipe notou no adversário uma "grande dificuldade" em convencer os eleitores do PS e considerou que Seguro tem um discurso político que "não é carne nem peixe", acusando-o de no anteprojeto do Governo que tenciona alterar a lei laboral ter ficado inicialmente "em cima do muro para ver onde caía" e não ter estado nas concentrações de greve no passado dia 11.

Foi aí que o antigo líder do PS acusou António Filipe de "instrumentalizar as greves" e devolveu que o comunista "não tem o monopólio dos direitos dos trabalhadores".

António Filipe respondeu que "nunca viu" Seguro a defender uma "alteração positiva da legislação laboral" e considerou que no período de intervenção da 'troika' o socialista teve "posições muito coincidentes" às do então primeiro-ministro, o social-democrata Pedro Passos Coelho.

"Isso é mito urbano", refutou Seguro, argumentando que foi graças a si que "não houve revisão constitucional para se impor um limite à dívida e ao défice".

António Filipe insistiu que Seguro "esteve com Passos na descida do IRC para as grandes empresas", mas o socialista voltou a negar: "Não me cole onde não sou colável".

Interrogado sobre que balanço faz da solução parlamentar da "geringonça" (acordo que permitiu ao PS governar com o apoio parlamentar de BE, PCP e PEV), Seguro afirmou que houve "coisas positivas e negativas" nesse período, mas reconheceu que "como solução para o país naquele momento, houve consequências que se traduziram em ganhos nos direitos dos trabalhadores e em distribuição de rendimentos".

Foi aí que António Filipe voltou a insistir que não foi possível "contar com Seguro para combater a troika".

"Eu saí em 2014, não fiquei ali num lugarzinho no parlamento, fui à minha vida", ripostou Seguro, com António Filipe a lembrar que o socialista perdeu a liderança do seu partido, na altura para António Costa.

"Durante o período em que foi necessário combater a 'troika' ninguém soube o que pensava Seguro", insistiu.

O socialista devolveu que para António Filipe "é muito fácil estar do lado do protesto" e reiterou o apelo ao voto útil: "A sua candidatura é simpática, mas um voto em si ou noutro candidato da Esquerda à minha esquerda, é meio voto na Direita".

Já António Filipe apelou para que os portugueses não coloquem "os ovos todos no mesmo cesto", afirmando que "os votos do António José Seguro estão no mesmo cesto dos de Marques Mendes e de Gouveia Melo".

Sobre as questões de transparência acerca de rendimentos e património dos candidatos a Belém, Seguro adiantou que nos próximos dias irá divulgar uma lista "dos quatro ou cinco clientes" para quem trabalhou enquanto não exerceu funções políticas.

O socialista afirmou que trabalhou como professor, tem uma empresa que vende vinho e azeite, um "alojamento para turistas" e que do total de faturação de 2024 apenas 12% corresponde à área de "consultoria e gestão operacional de negócios".

Já António Filipe retirou do casaco uma folha em branco e ironizou que essa é a lista dos seus clientes.

Na reta final, Seguro ainda provocou o adversário com a posição do PCP em relação ao conflito na Ucrânia, com o comunista a considerar "um mau caminho" a recente decisão do Conselho Europeu.

Leia Também: Seguro quebra jejum na política "sem amarras" e com apoio do PS

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/politica/2907917/seguro-pediu-voto-util-mas-antonio-filipe-colou-o-a-passos-o-debate#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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