Ruben Amorim confessa "roubo": "Quando chegas à Premier League..."
- 01/12/2025
O Manchester United colocou, no passado domingo, um ponto final num ciclo de três 'deslizes' consecutivos (empates a duas bolas com Tottenham e Nottingham Forest, e derrota diante do Everton, por 0-1), ao levar de vencida o Crystal Palace, em pleno Selhurst Park, por 1-2, numa partida na qual Bruno Fernandes foi decisivo.
Os red devils até entraram a perder, fruto de uma grande penalidade convertida por Jean-Philippe Mateta, aos 34 minutos, mas deram a volta, já no segundo tempo, à 'boleia' dos golos assinados por Joshua Zirkzee e Mason Mount, aos 54 e 63 minutos, respetivamente. Ambos os lances 'nasceram' de pontapés livres cobrados pelo internacional português, o que mereceu uma curiosa confissão por parte de Ruben Amorim.
"Nós trabalhamos muito. Temos mais tempo para trabalhar, e trabalhamos e aprendemos muito, em Inglaterra. Penso que vocês estão habituados a ver isto, mas, quando chegas à Premier League, aprendes muito com as outras equipas sobre como fazer as coisas, e nós estamos a roubar muitas coisas para marcar golos", afirmou, entre risos.
"Não podemos jogar assim na Premier League"
O treinador luso explicou, ainda, esta 'cambalhota' no marcador com o 'raspanete' que deu aos jogadores, no balneário, ao intervalo: "Se vocês virem os últimos lances do jogo, reparam que eles estavam com muitas dificuldades para tirar a bola da grande área. Dá para ver isso pela maneira como eles se movimentavam".
"Eles estavam a cansar-se para a segunda parte. Nós falámos sobre isso, e, uma vez mais, a nossa velocidade e a nossa intensidade, na primeira parte... Não podemos jogar assim, na Premier League. Por isso, aumentámos, e sentimos que, se marcássemos um golo, isto iria mudar completamente", acrescentou.
"É importante que Zirkzee perceba que não teve apenas a ver com o golo"
A terminar, o antigo timoneiro do Sporting fez questão de deixar uma palavra especial a Joshua Zirkzee, que foi aposta a titular, face às lesões contraídas por Benjamin Sesko e Matheus Cunha, e aproveitou a ocasião para acabar com um 'jejum' de golos que durava já desde o empate a duas bolas com o Olympique Lyon, a 10 de abril.
"Foi muito importante, mas reforço que não teve apenas a ver com o golo, mas sim, por exemplo, com as corridas que fez nas costas da defesa. Na primeira parte, ele teve dificuldades com os duelos, e acabou por ganhar alguns, na segunda", sublinhou, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico The Sun.
"É importante que ele perceba isso. Não teve apenas a ver com o golo. Nós jogámos melhor porque o Josh jogou melhor, na segunda parte", rematou, a propósito do internacional neerlandês, que continua sem conseguir impor-se, em Old Trafford, sensivelmente, ano e meio depois de ter sido adquirido ao Bologna, a troco de uma verba na ordem dos 42,5 milhões de euros.
Feitas as contas, com este triunfo, o Manchester United passou a somar 21 pontos e ascendeu à sétima posição da Premier League, em igualdade com o Liverpool, que, também no domingo, levou de vencida o West Ham, de Nuno Espírito Santo, no Estádio Olímpico de Londres, por 0-2. Já o Crystal Palace, segue logo atrás, com menos um ponto.
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