Rooney visa gestão de Amorim no Manchester United: "Não é sustentável"
- 28/12/2025
O Manchester United deixou para trás os 'deslizes' sofridos, consecutivamente, perante Bournemouth (empate a quatro bolas, em Old Trafford) e Aston Villa (derrota, por 1-0, no Villa Park), e regressou, na passada sexta-feira, aos triunfos, ao receber e bater o Newcastle, por 1-0, graças a um golo 'solitário' da autoria de Patrick Dorgu.
Um resultado que mantém os red devils bem 'vivos' na luta pelos lugares de apuramento para as competições europeias, na Premier League... mas que não bastou para convencer Wayne Rooney, 'lenda viva' do clube, que, em declarações prestadas no programa Match of the Day, emitido pela estação televisiva britânica BBC Sport, levantou uma série de preocupações relacionadas com a gestão do treinador português Ruben Amorim.
"Eu fiquei preocupado, quando vi aquela exibição, para ser sincero. O treinador mudou o sistema tático e apostou numa linha de quatro defesas, que muitas pessoas têm vindo a pedir. Eu sei que eles não sofreram um golo, mas não pareceram verdadeiramente confortáveis, e o Newcastle colocou-os sob pressão, especialmente, na segunda parte", começou por afirmar.
"E, quando olhei para o onze inicial e para o banco de suplentes, para aquilo que eles têm lá, concluí que precisam mesmo de trazer jogadores, para tentar ajudá-los a competir para chegar aos quatro primeiros classificados. É ótimo ver jovens jogadores no banco e a terem oportunidades, mas isso também tem de acontecer no tempo certo", prosseguiu.
"Isto não é sustentável, de todo. Eles precisam de contratar jogadores. Obviamente, perderam alguns jogadores importantes, e o Bruno [Fernandes, lesionado] é uma grande perda. Tiveram 33% da posse de bola, e eu sei que, quando os adeptos vão a Old Trafford, querem ver a equipa com bola, a entretê-los, a fazer cruzamentos para a grande área e a rematar. Foi uma exibição fraca, mas encontraram uma maneira de ganhar", completou.
Ruben Amorim mexeu e remexeu
As observações de Wayne Rooney surgem na sequência de uma abordagem, no mínimo, inesperada por parte de Ruben Amorim, que abdicou do predileto 3x4x3 para, ao invés, fazer o Manchester United assentar num 4x2x3x1, composto por Senne Lammens, Diogo Dalot, Ayden Heaven, Lisandro Martínez, Luke Shaw, Casemiro, Manuel Ugarte, Mason Mount, Patrick Dorgu, Matheus Cunha e Benjamin Sesko.
Ao intervalo, Mason Mount saiu lesionado, dando o lugar a Jack Fletcher. Mais tarde, foi a vez de Casemiro, Benjamin Sesko, Lisandro Martínez e Luke Shaw terem sido substituídos, respetivamente, por Leny Yoro, Joshua Zirkzee, Tyler Fredricson e Tyrell Malacia, formando, assim, uma linha defensiva composta por... seis unidades.
Apesar de todas estas alterações, os red devils alcançaram um resultado que, neste momento, o vai deixando na quinta posição da Premier League (a última que dá acesso às competições europeias), com os mesmos 29 pontos do Chelsea (que, entretanto, foi surpreendentemente derrotado pelo Aston Villa, em Stamford Bridge, por 1-2), por 1-2.
O objetivo passa, agora, por encerrar o ano civil de 2025 com 'chave de ouro', o que significaria levar de vencida o Wolverhampton, pelas 20h15 (hora de Portugal Continental) da próxima terça-feira, dia 30 de dezembro, uma vez mais, em Old Trafford, em jogo a contar para a 19.ª ronda do principal escalão do futebol inglês, a última da primeira volta.
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