Rodrigo Mora brilha, Gabri Veiga não fica atrás. Farioli enfrenta dilema
- 31/12/2025
A chegada de Francesco Farioli ao FC Porto, no último verão, implicou mudanças começando desde logo pelo sistema tático, com o clássico 4x3x3 em detrimento do 3x4x3 de Martín Anselmi, que acabou demitido.
Um dos 'sacrificados' desta nova alteração foi Rodrigo Mora. Então com somente 17 anos, o médio-ofensivo português surpreendeu tudo e todos na sua época de estreia na equipa principal azul e branca, com dez golos e quatro assistências no campeonato. A sua ascensão não ficou apenas pelo FC Porto, tendo sido chamado pelo selecionador Roberto Martínez para fazer parte da lista final para a Liga das Nações, que Portugal venceu, na Alemanha.
Gabri Veiga levou vantagem na pré-temporada
Depois da realização do Mundial de Clubes, seguiram-se as férias. No regresso ao Olival, a posição de Rodrigo Mora como titular ficou em causa. O espanhol Gabri Veiga, contratado por um valor a rondar os 20 milhões de euros aos sauditas do Al-Ahli, ganhou a confiança de Francesco Farioli, que apostava na intensidade e na robustez física no meio-campo e não apenas no aspeto técnico, algo que Rodrigo Mora, talvez, fosse melhor em relação à concorrência.
A época começou com o trio de meio-campo bem definido, composto por Alan Varela, Victor Froholdt e Gabri Veiga. Este último, de 23 anos, fez-se notar, sobretudo no capítulo das bolas paradas, sendo um marcador de excelência, comprovado pelos vários golos do coletivo portista na sequência de cantos ou livres. No total, foram, até ao momento, quatro golos apontados e seis assistências- a melhor marca da carreira.
Rodrigo Mora adaptou-se ao 4x3x3
Na ausência de Gabri Veiga, por motivos físicos, Rodrigo Mora tem aparecido, com pinceladas de génio no seu futebol. Em comparação ao companheiro, este tinha aspetos a melhor de forma a convencer totalmente Farioli. Muitos apontaram esta como uma época, essencialmente, de crescimento para o jovem jogador, com contrato até junho de 2030. Em 2025/26, marcou três golos, distribuídos pela I Liga, Taça de Portugal e Liga Europa.
Farioli não aposta em Gabri Veiga e Rodrigo Mora ao mesmo tempo
Em relação ao companheiro, o camisola 86 é menos intenso na pressão sobre o portador da bola, no ataque ao espaço. No entanto, ganha em outras coisas, nomeadamente na técnica em espaços reduzido, capaz de tirar adversários da frente. A bola parada também começa a ser uma arma a explorar, comprovado pelos últimos jogos, em que assumiu a responsabilidade dos cantos e livres. Neste 'novo' FC Porto, Rodrigo Mota deu maior dimensão ao seu jogo.
No fundo, feliz o treinador que conta com dois perfis tão diferentes como Gabri Veiga e Rodrigo Mora. Em jogos contra equipas de bloco baixo e coeso, já se questionou porque não ambos coincidirem em campo, mas Francesco Farioli já demonstrou ser conservador nas suas opções, com substituições de memória. Ou seja, ou joga um ou joga outro.














