Reforma do Conselho de Segurança da ONU "não é uma opção, é imperativo"
- 23/11/2025
"O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, enfatizou que as instituições de governação global estão muito distantes da realidade do século XXI e instou o IBSA a enviar uma mensagem forte de que a reforma destas instituições, particularmente o Conselho de Segurança da ONU, já não é uma opção, mas um imperativo", segundo um comunicado divulgado hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia.
Em 08 de setembro, o Ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, S. Jaishankar, discursando na cimeira virtual dos BRICS, enfatizou também a necessidade urgente de reforma do sistema multilateral, incluindo a ONU e o seu Conselho de Segurança, para ultrapassar os impasses que têm impedido o consenso sobre questões "chave" nos últimos anos.
A Índia tem manifestado repetidamente o seu interesse em tornar-se membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, estatuto atualmente ocupado pelos Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, posição que lhes confere poder de veto.
De acordo com o comunicado, Modi enfatizou ainda, durante a reunião do IBSA, a importância da estreita coordenação no combate ao terrorismo e alertou que não deve haver dois pesos e duas medidas nesta área.
O primeiro-ministro indiano destacou o papel crucial da tecnologia para garantir o desenvolvimento centrado no ser humano e propôs o estabelecimento de uma "aliança de inovação digital do IBSA" para facilitar o intercâmbio de infraestruturas públicas digitais, como o UPI (sistema unificado de pagamentos da Índia), plataformas de saúde como o CoWIN, estruturas de cibersegurança e iniciativas tecnológicas lideradas por mulheres entre os três países, segundo o comunicado.
O Fórum de Diálogo do IBSA é uma plataforma trilateral fundada em 2003 que reúne a Índia, o Brasil e a África do Sul, três grandes democracias e economias emergentes da Ásia, América do Sul e África.
Estes países partilham objetivos comuns de desenvolvimento e a diversidade das suas sociedades pluralistas, multiculturais, multiétnicas, multilingues e multirreligiosas.
Leia Também: ONU pede que aliados continuem a receber refugiados ucranianos













