Receitas da Meo sobem 1,2% até setembro para 2.074 milhões
- 28/11/2025
"Este desempenho foi suportado por um aumento de 5,2% no segmento consumo, impulsionado pelo negócio da Energia, que mitigou parcialmente a pressão sobre o ARPU [receita média por cliente] Telco num contexto de elevada competitividade, e pelo crescimento de 3,4% das receitas do segmento de serviços empresariais, excluindo a performance da Altice Labs", adianta a Meo.
Entre janeiro e setembro, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações [EBITDA] totalizou "717 milhões de euros, refletindo uma diminuição homóloga de 6,1%".
Excluindo os resultados da Altice Labs, "o EBITDA decresce 3,0% penalizado pelo impacto na receita em resultado da pressão no ARPU Telco, perda progressiva do MVNO [operador móvel virtual] e aumento de custos com energia e IT associados à inflação", refere a Meo.
No período em análise, o investimento "ascendeu a 292 milhões de euros nos nove meses, refletindo o compromisso" da Meo de "continuar a expandir e a renovar as suas redes e infraestruturas", refere a empresa, adiantando que no final de setembro registava 6,6 milhões de casas cobertas por fibra ótica, que suportam 90% da base de clientes.
A cobertura populacional da rede móvel atingiu de 99,98% na rede 4G e de 97,18% na tecnologia 5G.
No final de setembro, a base total de RGU [unidades geradoras de receitas] de serviços fixos e móveis, atingiu os 13,3 milhões.
"Os serviços fixos totalizaram 6,1 milhões, registando uma variação positiva face ao terceiro trimestre de 2024, a base de clientes dos serviços de televisão por subscrição e de Internet fixa cresceu 1,1% e 1,6%, respetivamente", adianta.
Nos serviços móvel pós-pago, a Meo alcançou 5,5 milhões de clientes, "refletindo um crescimento de 4,3% (cerca de 224 mil) face ao mesmo período do ano anterior, alavancado nas ofertas convergentes".
Nos primeiros nove meses do ano, a Meo Energia "manteve um ritmo sustentado de expansão da sua base de clientes, reforçando a sua posição num mercado 'multi player' e altamente competitivo", refere a operadora, acrescentando que os clientes finais deste serviço "cresceram 93 mil desde setembro 2024 e atingiram 205 mil no final de setembro de 2025, demonstrando a forte adesão do mercado às ofertas integradas de Telco + Energia".
No terceiro trimestre, as receitas da Meo ascenderam a 682 milhões de euros, "o que representa um aumento de 1,4% versus período homólogo, excluindo os resultados da Altice Labs". Considerando a queda homóloga implícita na performance da Altice Labs, as receitas totais diminuem por esse efeito 3,2%, segundo a empresa.
No segmento de consumo, as receitas totalizaram 1.110 milhões de euros em setembro, "refletindo um crescimento homólogo de 5,2%" e as receitas de serviço "registaram um aumento ainda mais expressivo, de 6,0%, impulsionado pela expansão da base de clientes de fibra e de móvel pós-pago, bem como pelo contributo da Mep Energia, que continuou a desempenhar um papel determinante na mitigação da intensa pressão competitiva sobre o ARPU Telco".
No terceiro trimestre, as receitas foram de 371 milhões de euros, uma subida de 2,6%. As receitas de serviço cresceram 3,3%.
O segmento de serviços empresariais [que inclui B2B, Wholesale e Altice Labs] registou 964 milhões de euro de receitas, uma subida de 3,4% no negócio core, ou seja, já excluindo o impacto da performance da Altice Labs.
Em 24 de novembro, a Intelcia assinou um acordo com a Altice para a aquisição da participação de 65% que a empresa detinha desde 2016. A conclusão da operação está prevista para o primeiro trimestre de 2026.
Um dia depois, a 25 de novembro, a Meo assinou um acordo com a Asterion Industrial Partners com vista à venda de 100% do capital social e dos direitos de voto da empresa Portugal Telecom Data Center (PT Data Center), uma subsidiária da Meo que opera um centro de dados na Covilhã, com uma capacidade instalada de 6,8 MW. A operação, que avalia a PT Data Center com um valor de 120 milhões de euros, está sujeita a aprovações regulatórias e deverá ser concluída no primeiro trimestre de 2026.
[Notícia atualizada às 18h03]
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