Rebeldes Huthis libertam marinheiros de navio que atacaram em julho
- 03/12/2025
Os Huthis, apoiados pelo Irão e que atacaram navios durante a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, disseram, através do seu canal de notícias por satélite Al-Masirah, que Omã assumiu a custódia dos marinheiros, que estavam em voo para o sultanato.
Omã não confirmou até agora a libertação da tripulação do navio Eternity C, mas um jato da sua Royal Air Force aterrou há algumas horas em Sana, a capital iemenita há mais de uma década controlada pelos rebeldes, de acordo com dados de seguimento de voos analisados pela agência de notícias norte-americana The Associated Press (AP).
As Filipinas indicaram na terça-feira esperar a libertação de nove marinheiros filipinos detidos pelos Huthis desde o ataque.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Manila descreveu os marinheiros como "mantidos reféns pelos Huthis" desde julho.
Os Huthis não forneceram ainda qualquer informação sobre as nacionalidades dos libertados.
O ataque ao navio de carga a granel de pavilhão liberiano deixou também 11 pessoas desaparecidas.
Na sua ofensiva, os Huthis atacaram com mísseis e drones mais de 100 navios, afundando quatro deles.
Os ataques fizeram pelo menos nove mortos entre os marinheiros, depois de um membro da tripulação de um dos navios atacados, o Minervagracht, ter em outubro sucumbido aos ferimentos sofridos.
Os Huthis interromperam os seus ataques durante o breve cessar-fogo anterior na guerra em Gaza.
Posteriormente, tornaram-se alvo de uma campanha de ataques aéreos que durou semanas, ordenada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, antes de este declarar que tinha sido alcançado um cessar-fogo com os rebeldes.
O cessar-fogo em vigor na guerra em Gaza, desde 10 de outubro, fez com que os Huthis voltassem a suspender os seus ataques.
Entretanto, está em causa o futuro das negociações entre os Estados Unidos e o Irão sobre o programa nuclear de Teerão, depois de Israel ter lançado em junho uma guerra de 12 dias contra a República Islâmica, durante a qual as forças norte-americanas bombardearam três centrais nucleares iranianas.
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