Reabastecer elétricos tão rápido como os de combustão? A meta da Hyundai
- 19/11/2025
Mesmo com carregamento rápido, os automóveis elétricos ainda não atingem velocidades de carregamento tão rápidas como é o reabastecimento de um depósito de gasolina ou gasóleo. No entanto, têm sido feitos progressos consideráveis ao longo dos anos, e a Hyundai considera que isso tem de continuar.
Foi o que frisou o diretor do centro de desenvolvimento do fabricante na Europa, Tyrone Johnson, à publicação Auto Express: "A expectativa dos clientes é que demore três minutos a reabastecer um carro, o mesmo de um motor de combustão interna. Talvez seja mais perceção do que realidade, mas eles preocupam-se com a ansiedade de autonomia e se vão precisar de conduzir 320 km de repente. O objetivo é ter a mesma velocidade do que os motores de combustão interna".
Para além do tempo de carregamento, também a autonomia é uma questão: boa parte das baterias, sobretudo de automóveis mais acessíveis, não permitem percorrer distâncias muito extensas sem parar para carregar.
Também aí estão a ser feitos progressos, com tecnologias que permitem conjuntos de baterias de menores dimensões e mais leves - incluindo as de estado semi-sólido ou sólido. Para Tyrone Johnson, os fabricantes terão de encontrar soluções para proporcionar a capacidade de carregamento rápido sem comprometer o peso e dimensões dos veículos. Posto isto, pediu tempo, recordando que até a tecnologia de reabastecimento dos carros de combustão continua a ser imperfeita.
As baterias de 800 volts são as que têm a capacidade de serem carregada mais rapidamente. O Polestar 5, por exemplo, promete carregar de 10 a 80 por cento em 22 minutos (carregamento rápido 350 kW DC de uma bateria com capacidade para proporcionar até 670 km de autonomia).
Já o novo BMW iX3, apresentado em setembro, anuncia a possibilidade de repor o nível da bateria dos 10 para os 80 por cento em cerca de 21 minutos numa estação de carregamento DC de 400 kW. Em cerca de dez minutos, será possível recuperar energia para cerca de 372 km.
Há alguns meses, a Shell anunciou um novo fluído térmico desenvolvido com a RML Group. Aplicado a uma bateria de 34 kWh, permitiu o recarregamento de 10 a 80 por cento em menos de dez minutos em ambiente de testes.
A tecnologia permite que o carregamento seja mais célere, sem que o sobreaquecimento seja um problema. É, também, possível ter baterias mais pequenas e mais leves, com autonomias até cinco vezes maiores.
Leia Também: Nova bateria de estado sólido chinesa admite autonomia superior a 1.000km














