Quase 400 migrantes resgatados a sul de Creta pela guarda costeira grega
- 26/12/2025
A operação de grande envergadura decorreu a cerca de 35 milhas náuticas (cerca de 64 quilómetros) a sul de Gavdos, e as 365 pessoas que procuravam asilo na União Europeia (UE) seguiam a bordo de um barco de pesca.
Os migrantes foram resgatados por uma embarcação da guarda costeira grega com o apoio de um navio cargueiro de bandeira dinamarquesa e de uma aeronave da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), segundo a agência de notícias grega ANA.
As pessoas resgatadas foram levadas para bordo do navio cargueiro para serem transferidas para o porto de Paleochora, em Creta, segundo a emissora pública ERT.
Não foram fornecidos detalhes sobre as suas nacionalidades, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Mais cedo, cerca de 30 migrantes foram avistados por uma embarcação da Frontex a 25 milhas náuticas (46 quilómetros) a sul de Gavdos e transferidos para Creta.
Na quinta-feira, 39 migrantes a bordo de um bote insuflável foram resgatados a sul de Creta e levados para Kaloi Limenes, na mesma ilha.
Muitos migrantes tentam a perigosa travessia entre a Turquia e as ilhas gregas ou da Líbia para Creta, mas os naufrágios são frequentes.
No início de dezembro, 17 pessoas foram encontradas mortas após o naufrágio do seu bote na costa de Creta, e outras 15 foram dadas como desaparecidas. Apenas duas pessoas sobreviveram.
Os migrantes, na sua maioria cidadãos sudaneses e egípcios, foram encontrados mortos dentro do bote, que estava a afundar e parcialmente esvaziado após terem partido de Tobruk, na Líbia, alguns dias antes.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 16.770 pessoas requerentes de asilo na UE chegaram a Creta desde o início do ano, muito mais do que em qualquer outra ilha do mar Egeu.
Em julho, o governo conservador de Kyriakos Mitsotakis suspendeu por três meses o processamento dos pedidos de asilo, em particular os de pessoas que chegavam a Creta vindas da Líbia.
O primeiro-ministro descreveu esta medida como "absolutamente necessária" face ao crescente fluxo migratório.
O ministro da Migração, Thanos Plevris, antigo membro de um partido de extrema-direita já extinto, afirmou que a Grécia "não é um hotel" para requerentes de asilo.
"Vocês não são bem-vindos aqui", frisou, repetidas vezes, aos migrantes.
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