Qatar e Egito apelam ao destacamento da força de estabilização em Gaza
- 06/12/2025
Estas medidas estão previstas na segunda fase do plano do presidente dos EUA, Donald Trump para pôr fim à guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
"Estamos num momento crítico (...) Ainda não podemos considerar que há um cessar-fogo, um cessar-fogo só pode ser completo com a retirada total das forças israelitas (e) o regresso da estabilidade a Gaza", afirmou o primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, numa conferência em Doha hoje.
"Neste momento, nós (...) o Qatar, a Turquia, o Egito, juntamente com os Estados Unidos, estamos reunidos para avançar para a próxima fase", salientou.
A segunda etapa do plano, que ainda não foi aprovada, prevê também o desarmamento do Hamas, a criação de uma autoridade de transição e o envio de uma força internacional de estabilização.
Estão em curso discussões sobre a estrutura desta força e os países que poderão participar, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, também presente em Doha. Israel opõe-se à presença de forças turcas, considerando que a Turquia é demasiado próxima do Hamas.
O primeiro objetivo desta força deve ser "separar os palestinianos dos israelitas", sublinhou Fidan. "Este deve ser o nosso objetivo principal, depois, poderemos abordar as outras questões pendentes".
Durante uma reunião à margem da conferência, os chefes da diplomacia egípcia, Badr Abdelatty, e do Qatar apelaram à "rápida formação" desta força de segurança, para "lhe permitir cumprir o seu mandato", indicou o Ministério egípcio.
"Precisamos de destacar esta força o mais rapidamente possível no terreno, porque uma das partes, Israel, viola o cessar-fogo todos os dias", afirmou Abdelatty.
O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
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