PSOE reconhece "mau" resultado na Extremadura, PP diz que mudança está perto

  • 21/12/2025

O resultado do Partido Socialista (PSOE) foi "muito mau, muito mau", reconheceu o líder dos socialistas na Extremadura e candidato a presidir o governo regional, Miguel Ángel Gallardo.

 

O PSOE teve hoje o pior resultado de sempre e uma derrota histórica na Extremadura, região considerada um feudo socialista, que o partido governou em nove das 11 legislaturas autonómicas (sete delas com maioria absoluta) e em que só numas das eleições (as de 2011) não tinha sido o mais votado.

Segundo os dados oficiais, o PSOE teve 25,7% dos votos e elegeu 18 deputados, menos cerca de 14 pontos percentuais e menos dez deputados do que conseguiu nas eleições anteriores, em maio de 2023.

Também a direção nacional do partido, através da dirigente Rebeca Torró, reconheceu o "mau resultado" do PSOE na Extremadura e lamentou, como Gallardo, a antecipação das eleições, acusando o PP de procurar desta forma uma maioria absoluta (que não conseguiu), mas ter acabado apenas por alimentar a extrema-direita.

O PP "precipitou as eleições para transformar a Extremadura numa experiência que claramente não resultou", com a região a ter a partir de agora "mais bloqueio e mais instabilidade", disse Gallardo.

O PP venceu as eleições na Extremadura e a extrema-direita (Vox) duplicou votos.

O Partido Popular venceu com 43,18% e 29 deputados, mais um dos que tinha, mas aquém dos 33 necessários para uma maioria absoluta no parlamento autonómico.

A terceira força mais votada foi o Vox, com quase 17% dos votos e 11 deputados, nos dois casos mais do dobro da votação que teve em 2023 (8,13%) e dos eleitos há dois anos (cinco).

Nunca a direita e a extrema-direita tinham tido uma representação tão grande no parlamento da Extremadura, depois de terem em 2023 conseguido, pela primeira vez, superar o conjunto de todos os partidos de esquerda.

Além do PP, PSOE e Vox, mais um partido conseguiu eleger hoje deputados para o parlamento autonómico da Extremadura, a Unidas pela Extremadura, uma plataforma de forças à esquerda dos socialistas, que tinha 10,22% dos votos (mais 4,5 pontos percentuais do que em 2023) e sete deputados (mais três).

"A Extremadura falou e disse que não quer mais sanchismo", escreveu o líder nacional do PP e líder da oposição em Espanha, Alberto Núñez Feijóo, na rede social X.

"A mudança em Espanha está mais próxima", disse ainda o presidente do PP.

A líder do PP na Extremadura e líder do governo autonómico desde 2023, María Guardiola, disse que pediu "mais confiança" e obteve "muito, muito mais confiança" nestas eleições e pediu "que não se bloqueie a Extremadura", num apelo dirigido à oposição e a um parlamento onde não tem maioria absoluta, mas de que depende para ser reinvestida presidente do executivo regional.

Guardiola acrescentou que iniciará na segunda-feira uma ronda de negociações com todos os partidos para haver "governo estável quanto antes" na Extremadura.

Já o líder do PSOE e primeiro-ministro, Pedro Sánchez, também no X, felicitou María Guardiola pela vitória e Miguel Ángel Gallardo pelo "grande trabalho realizado".

Estas eleições antecipadas na Extremadura, nas vésperas do Natal, foram convocadas no final de outubro por María Guardiola, depois de ter visto chumbados os orçamentos para 2026 que enviou ao parlamento regional.

Guardiola está à frente da Junta da Extremadura desde o verão de 2023. Nesse ano, o PSOE foi o mais votado e o PP o segundo, mas obtiveram o mesmo número de deputados (28), com um acordo com o Vox a ditar que seria a direita a ficar com o governo.

As eleições na Extremadura marcam o início do novo ciclo eleitoral em Espanha e a estas autonómicas seguir-se-ão outras em fevereiro de 2026 em Aragão, em março em Castela e Leão e em junho na Andaluzia; eleições municipais e regionais na maioria das regiões em maio de 2027 e, por fim, legislativas nacionais em julho do mesmo ano.

A importância destas eleições para as estruturas nacionais dos partidos ficou patente nos últimos dois meses e em todo o período de campanha eleitoral, em que houve presença assídua pouco habitual dos líderes na Extremadura, em diversas iniciativas, incluindo Pedro Sánchez.

As eleições de hoje coincidiram com um momento de crise e fragilidade do PSOE e de Pedro Sánchez, com dirigentes do partido envolvidos em suspeitas de corrupção e outros casos judiciais, assim com acusações de assédio sexual.

Um destes casos judiciais tem epicentro, precisamente, na Extremadura e como protagonista o candidato do PSOE nas eleições de domingo, Miguel Ángel Gallardo, que vai ser julgado em maio de 2026 com o irmão do primeiro-ministro, David Sánchez, por tráfico de influências.

Leia Também: Espanha. Sondagem dá derrota histórica para os socialistas na Extremadura

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2908165/psoe-reconhece-mau-resultado-na-extremadura-pp-diz-que-mudanca-esta-perto#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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