Primeiro-ministro belga recusa país a arcar sozinho com empréstimo a Kyiv
- 18/12/2025
"Se todos nós falharmos, falharemos juntos", afirmou, exigindo apoio de todos os outros 26 estados-membros.
O órgão da UE presidido pelo ex-primeiro ministro português António Costa reúne-se a partir de hoje, em Bruxelas, para discutir o apoio financeiro à Ucrânia para 2026 e 2027, estando em cima da mesa um empréstimo de reparações com base nos ativos russos imobilizados.
A maior parte daquela carteira da Federação Russa está depositada na Euroclear, uma instituição financeira com sede na capital belga.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participa no arranque do encontro de alto nível, que começa pelas 10h00 horas locais (09h00, em Lisboa) e que é visto como decisivo já que a Ucrânia fica sem financiamento disponível na próxima primavera.
Na sexta-feira, os embaixadores dos Estados-membros junto da UE aprovaram, por maioria e com os votos contra da Hungria e da Eslováquia, uma decisão para manter os ativos russos imobilizados indefinidamente no espaço comunitário, servindo de base a um futuro empréstimo de reparações à Ucrânia.
De momento, decorrem conversações na UE para desbloquear as opções de financiamento europeu ao país invadido pela Rússia em fevereiro de 2022.
O empréstimo de reparações implicaria que o executivo comunitário contraísse empréstimos junto de instituições financeiras comunitárias que detêm saldos imobilizados de ativos do Banco Central da Rússia, sendo assim um crédito baseado nos ativos russos imobilizados na UE devido às sanções europeias aplicadas a Moscovo pela invasão da Ucrânia, que ascendem a 210 mil milhões de euros.
A Portugal caberiam garantias orçamentais de 3,3 mil milhões de euros.
A outra proposta é a possível emissão de dívida conjunta para mobilizar dinheiro para a Ucrânia, aproveitando a margem orçamental como garantia para Bruxelas ir aos mercados, mas exige aval dos 27 Estados-membros (e não apenas maioria qualificada, como a anterior).
O Fundo Monetário Internacional estima que as necessidades da Ucrânia para os próximos dois anos sejam de cerca de 137 mil milhões de euros, querendo a UE dar-lhes resposta com perto de dois terços.
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