Presidente colombiano altera liderança militar "perante desafios de 2026"
- 28/12/2025
"Perante os desafios de 2026, em que a prioridade será a segurança e a democracia, decidi fazer algumas mudanças na cúpula militar", afirmou Petro numa longa mensagem publicada na sua conta na rede social X.
A Colômbia terá eleições legislativas a 8 de março de 2026, seguidas a 31 de maio pela primeira volta das presidenciais. Se for necessária, uma segunda volta terá lugar a 21 de junho.
Esta é a terceira mudança no Comando das Forças Militares que Petro realiza durante o seu governo. Em 2022, retirou 40 almirantes e generais das Forças Armadas. Posteriormente, em maio de 2024, reconfigurou toda a cúpula devido à crise de segurança no conturbado departamento de Cauca, no sudoeste do país.
Petro informou hoje que o general Hugo Alejandro López Barreto assumirá funções como comandante-geral das Forças Militares, substituindo o almirante Francisco Cubides.
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Militares será o vice-almirante Harry Ernesto Reyna, e o major-general Royer Gómez assume o comando do Exército, cargo em que será acompanhado pelo major-general Jaime Galindo como segundo comandante.
Na Armada colombiana, o almirante Juan Ricardo Rozo mantém-se como comandante, assim como o vice-almirante Orlando Grisales Franceschi como número dois do ramo e chefe do Estado-Maior Naval.
A Força Aeroespacial Colombiana será comandada pelo major-general Carlos Fernando Silva Rueda, com o major-general Alfonso Lozano Ariza como segundo comandante e chefe do Estado-Maior do ramo.
O chefe de Estado sublinhou que os comandantes cessantes estiveram à frente de «grandes operações», entre as quais destacou a recuperação do município de El Plateado, em Argelia (Cauca).
"Mais de uma centena de membros da facção de 'Mordisco' foram aí expulsos, sem danos colaterais causados aos mais de 8.000 camponeses que habitam no local. Isso contribuiu para que avançássemos na transformação do território em direção à legalidade e libertássemos os nossos camponeses da escravidão do narcotráfico", acentuou Petro.
O presidente destacou ainda que a liderança dos altos comandos cessantes permitiu que em 2025 fosse alcançado um "recorde histórico na apreensão de cocaína", com a previsão a atingir 1.000 toneladas apreendidas.
Esta ofensiva saldou-se por um aumento de 27% de droga apreendida em relação ao ano anterior e pela neutralização de mais de 4.400 membros dos cartéis de tráfico de drogas mais perigosos. Este ano salda-se finalmente pela maior apreensão de armas da última década.
"Com a nova liderança, avançaremos de mãos dadas com todo o povo para proteger a vida e alcançar a paz", concluiu Gustavo Petro.
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