Portugal deve focar-se na implementação da IA, defende especialista
- 02/12/2025
Questionado sobre um conselho que daria às empresas portuguesas e ao Governo sobre a inteligência artificial (IA), Ramayya Krishnan apontou a sua implementação.
"O meu conselho tem sido - na verdade reuni-me com vários líderes e secretários de Estado - e penso que o objetivo é focar na implementação", disse o responsável, que foi um dos oradores do Responsble AI Forum 2025, que decorreu em 25 de novembro em Lisboa, onde abordou o tema da inteligência artificial (IA) e o futuro do trabalho.
"Construir estas capacidades translacionais, porque só por terem o Gemini 3.0 e o GPT da OpenAI isso são apenas capacidades. É preciso que essas capacidades se traduzam numa implementação real", prossegue o professor catedrático e diretor do AI Measurement Science & Engineering Center da Carnegie Mellon University (CMU).
"Só quando essas implementações acontecerem, a forma como a implementação acontece determinará a força de trabalho de que precisam", acrescenta Ramayya Krishnan, que integrou o comité Consultivo Nacional de IA dos EUA.
Por isso, "penso que o ponto crítico é envolver as vossas pequenas e médias empresas porque Portugal tem um grande número delas", salienta o académico.
"É preciso torná-las mais eficientes e eficazes porque esta é uma economia global. Portanto, é preciso tornar a vossa economia mais produtiva, mais eficiente, mais eficaz", defende.
Isso vem com o "uso desta tecnologia e, portanto, é preciso construir capacidade para conseguir implementar esta tecnologia, mas para fazer esta implementação é preciso ter a força de trabalho certa". Nesse sentido, "têm de descobrir conjuntamente como fazer isto acontecer", conclui Ramayya Krishnan.
O académico defende ainda a necessidade de haver literacia sobre IA e a democratização do seu acesso para que ninguém fique para trás.
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