Pneus mais baratos podem comprometer a segurança, avisa ADAC
- 25/11/2025
Os pneus são uma parte essencial do automóvel, já que são o único ponto de contacto com o solo. Por isso mesmo, têm de estar sempre em condições ideais e cumprir certos padrões e requisitos.
Na hora de escolher pneus novos, pode deparar-se com a questão de optar por marcas mais baratas e talvez menos conhecidas, ou outras que custam mais e têm, geralmente, maior reputação. Até que ponto é que há diferenças para o desempenho e segurança?
O ADAC - um dos maiores clubes automóveis na Europa - foi analisar 31 pneus de inverno de diferentes fabricantes e níveis de gama, nas medidas 225/40 R18. Estes equipam diversos modelos de várias gamas, desde os BMW Série 1 aos Skoda Octavia, passando pelos Mercedes Classe A ou pelos Opel Astra.
A experiência decorreu com piso molhado e piso seco, e também em condições de gelo e neve. O automóvel usado foi um Volkswagen Golf.
Os preços dos pneus examinados variam entre 93 euros (o CST Medallion Winter WCP1) e os 177 euros (Michelin Pilot Alpin 5). São valores que dizem respeito ao mercado da Alemanha, de onde é oriundo o ADCA.
O pneu que melhor desempenho teve nem foi o mais caro dos testados - o Goodyear UltraGrip Performance 3 (171 euros). Destacou-se pela segurança, impacto ambiental e baixo desgaste, conseguindo proporcionar travagens dos 80 km/h à paragem completa em piso molhado no espaço de 31,7 metros.
Na cauda da tabela está o Syron Everest 2, com o qual foram necessários 47,1 metros para fazer a mesma manobra: "O desempenho em estradas secas e molhadas é considerado inadequado, resultando numa classificação de segurança má em segurança da condução", pode ler-se.
O pneu recebeu a pior avaliação de segurança e ambiental. Outros dez são também considerados como inadequados, havendo preocupações do ADAC relativas à segurança.
Pneus económicos com piores resultados
Segundo o ADAC, esses 11 pneus pertencem ao segmento de entrada e tiveram resultados considerados "deficitários". Todos surgem com o símbolo na parede lateral que indica adequabilidade para o uso com tempo de inverno.
No entanto, revelaram "falta de aderência, levando o veículo de testes a derrapar muito cedo na neve". Um dos pneus quase não conseguiu parar numa estrada coberta de neve e outro teve problemas para conseguir travar em gelo.
Também há pneus económicos que tiveram resultados satisfatórios - mais concretamente dois. Considera o ADAC que "podem ser uma alternativa aceitável para condutores que façam poucos quilómetros".
E os das gamas média e alta?
Oito de 11 pneus testados posicionados numa gama de custos intermédia mostraram ser satisfatórios, mas três não são recomendados. Um deles, da relativamente conhecida Firestone, não apresenta um comportamento adequado em piso seco, apesar de ser competente em gelo e neve.
A conclusão do ADAC é que os pneus premium são os melhores, com seis deste posicionamento a conseguirem uma classificação de "Bom", sem falhas nos critérios avaliados.
Então, que pneus se deve escolher?
O conselho do ADAC é que os pneus numa gama média de preços são escolhas razoáveis, mas é necessário estar consciente das lacunas que apresentam. O preço dos pneus premium ensaiados vale o investimento, segundo aquele clube automóvel, uma vez que apresentam uma qualidade correspondente.
Quanto aos pneus mais baratos, o ADAC aconselha a que sejam evitados, em especial os 11 com pior desempenho, já que podem comprometer a própria segurança.
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