Plano de paz: O que divide Rússia e Ucrânia (segundo Zelensky)?

  • 26/12/2025

Falando sobre um plano de 20 pontos em discussão, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, delineou esta semana os pontos mais sensíveis, referindo que Kyiv já transmitiu a sua posição a Washington, que deverá comunicá-la por sua vez a Moscovo.

 

A primeira versão de 28 pontos da proposta da Casa Branca, conhecida há mais de um mês, contemplava as principais exigências de Moscovo, incluindo cedências territoriais da Ucrânia, que teria de abdicar dos seus planos militares e da adesão à NATO.

A versão revista por Kyiv, reduzida para 20 pontos, propõe pelo seu lado um congelamento das linhas da frente sem oferecer uma solução imediata para as questões territoriais.

Eis alguns pontos essenciais sobre os temas que separam Moscovo e Kyiv:

Garantias de segurança

Zelensky disse que as negociações continuam sobre a natureza e o âmbito das garantias de segurança que seriam fornecidas à Ucrânia ao abrigo de qualquer acordo, referindo-se a formas de prevenir uma nova invasão russa.

O líder ucraniano indicou que permanecem várias questões técnicas, incluindo a forma como as garantias seriam aplicadas e que mecanismos de monitorização seriam utilizados para assegurar o seu cumprimento.

Território

Zelensky afirmou que o destino dos territórios reivindicados pela Rússia continua a ser a questão mais difícil nas negociações.

Não forneceu detalhes, mas reiterou várias vezes que Kyiv não reconhecerá o controlo russo sobre as regiões ocupadas, incluindo as áreas capturadas desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022.

O Presidente ucraniano afirmou também repetidamente que a Ucrânia não cederá os territórios que controla atualmente nas regiões reivindicadas por Moscovo, que incluem Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, Zaporijia e Kherson, no sul, e ainda a península da Crimeia, anexada desde 2014.

 

+++ Central Nuclear de Zaporijia +++

Segundo o Presidente ucraniano, o futuro da central nuclear de Zaporijia, ocupada pela Rússia quase desde o início da sua invasão, em fevereiro de 2022, continua indefinido.

A instalação nuclear, a maior da Europa, tem gerado repetidas preocupações internacionais de segurança devido aos combates nas proximidades.

A Ucrânia tem defendido que a operação segura exige a desmilitarização do território.

Além disso, insiste que os trabalhadores ucranianos devem ter acesso irrestrito à central, o que atualmente não lhes é permitido.

Detalhes divulgados anteriormente durante as negociações em curso revelaram que as equipas dos Estados Unidos e da Ucrânia estão a discutir um formato de acesso conjunto, potencialmente entre os três lados das conversações.

Novas negociações

Zelensky disse ainda que são esperadas novas discussões entre as equipas ucraniana e norte-americana, incluindo conversações na Florida, e que também estão a ser considerados documentos separados sobre recuperação económica e desenvolvimento.

O Presidente ucraniano indicou hoje aos jornalistas que estas conversações estão previstas para domingo, lamentando que o processo continua bloqueado por exigências contrárias das partes.

 

+++ Referendo e eleições +++

Na quarta-feira, Zelensky declarou que se a Rússia aceitar o plano de paz elaborado por Kyiv com Washington, o entendimento poderá ser submetido a um referendo, realizado em simultâneo com eleições presidenciais.

"A Ucrânia submeterá este acordo a ratificação pelo parlamento (...) e/ou realizará um referendo nacional para a sua aprovação, com a opção 'sim' ou 'não'. A Ucrânia poderá decidir realizar eleições em simultâneo com o referendo", observou.

NATO

O texto revisto por Kyiv abandona duas exigências essenciais do Kremlin: a retirada das tropas ucranianas da região do Donbass e um compromisso juridicamente vinculativo da Ucrânia de não aderir à NATO.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Ryabkov, acusou hoje a Ucrânia de tentar sabotar as negociações, criticando que o novo texto apresentado por Kyiv é "radicalmente diferente" do que Moscovo tinha negociado com Washington.

O governante apontou o argumento habitual de Moscovo sobre "uma resolução adequada dos problemas que estão na origem desta crise", iniciada com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, sem a qual, defendeu, "será simplesmente impossível chegar a um acordo final".

Ao mesmo tempo, apelou para a adesão à estrutura negocial estabelecida pelos presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, em agosto passado no Alasca, insistindo que, caso contrário, "nenhum acordo poderá ser alcançado".

Leia Também: Rússia acusa Kyiv de sabotar plano com texto "radicalmente diferente"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2910029/plano-de-paz-o-que-divide-russia-e-ucrania-segundo-zelensky#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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