Plano de paz? "Finalmente uma oportunidade para fazer progressos reais"
- 25/11/2025
"Mas a condição absoluta para uma boa paz é uma série de garantias de segurança muito robustas, e não apenas garantias no papel", avisou Emmanuel Macron, no início da reunião por videoconferência da chamada "Coligação dos Dispostos" que reúne vários países aliados de Kyiv.
Macron acrescentou que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, também se vai juntar a esta reunião composta maioritariamente por países europeus que pretendem dar essas garantias de segurança à Ucrânia.
"A Ucrânia tem tido a sua quota-parte de promessas quebradas pelas sucessivas agressões russas e, por isso, são necessárias garantias sólidas", insistiu.
Estas declarações surgiram numa altura em que se procura novamente uma solução negociada para o conflito, na sequência da publicação de um plano dos Estados Unidos que tem sido objeto de negociações nos últimos dias.
"Estamos claramente num momento crucial. As negociações estão a beneficiar de um novo ímpeto e devemos aproveitar este momento", afirmou Macron.
"Gostaria de saudar as reuniões de 23 de novembro, em Genebra, que permitiram uma discussão aberta e construtiva entre a Ucrânia e os Estados Unidos", disse.
Entretanto, prosseguem em Abu Dhabi negociações entre o secretário do Exército norte-americano, Dan Driscoll, que chefia uma delegação dos Estados Unidos que está a negociar com uma delegação russa o plano de paz proposto por Washington.
O encontro de Abu Dhabi surgiu após um fim de semana de negociações em Genebra sobre o plano de 28 pontos do Presidente norte-americano, Donald Trump, entre ucranianos, norte-americanos e europeus.
Em Genebra, Rubio tinha-se manifestado "muito otimista" sobre a possibilidade de concluir "muito rapidamente" um acordo sobre a Ucrânia.
"Os pontos que permanecem em aberto não são intransponíveis", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana sobre as conversações de domingo.
Na reunião de hoje, copresidida pelo Presidente francês e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, participam vários líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
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