PJ deteve um dos maiores traficantes do Brasil em Lisboa
- 16/11/2025
A Polícia Judiciária (PJ) deteve, no sábado, em Lisboa, um dirigente do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil.
Em comunicado, enviado ontem às redações, a PJ informou que um homem e uma mulher de 44 e 40 anos, respetivamente, foram detidos na zona de Lisboa, no cumprimento de mandados de detenção internacionais emitidos pelas autoridades judiciárias brasileiras. Agora, o Notícias ao Minuto confirmou que o detido é Ygor Daniel Zago, conhecido como Hulk dentro da organização, um dos maiores traficantes de todo o Brasil.
O criminoso foi condenado a 29 anos por tráfico de droga em 2014, mas aguardava a decisão judicial em liberdade.
Por isso mesmo, em 2021, foi possível às autoridades brasileiras deterem, novamente o homem (assim como a sua esposa) na altura, em São Paulo, no Brasil, durante uma operação contra o narcotráfico. Nas buscas decorrentes da operação, foram descobertos vários itens de luxo, nomeadamente um Ferrari vermelho, um helicóptero e um iate, entre outros.
O brasileiro, conta o Jornal de Notícias, chegou a Lisboa em maio deste ano. Dois meses depois, em julho, a mulher, Fernanda, veio ter com o marido a Portugal.
A dupla é suspeita da prática dos crimes de associação criminosa, corrupção e branqueamento de capitais, associados ao comércio de combustível adulterado com metanol.
"Em 2023, a partir de uma apreensão de 30 mil litros de metanol, a investigação subsequente sobre a origem do composto químico apreendido levou à descoberta de uma organização criminosa envolvida no comércio de combustível adulterado com metanol, corrupção de funcionários públicos e ocultação de bens e fundos derivados dessas atividades ilícitas", detalhou a PJ, num comunicado enviado este sábado às redações.
As autoridades apontaram que a rede "operava de forma organizada e estruturada, com uma clara divisão de funções", e deram conta de que "à frente da organização estava um dos elementos agora detido, responsável por tomar decisões relativas a todas as atividades, [...] emitir ordens aos subordinados e gerir os recursos financeiros do grupo criminoso".
Além disso, foram encontrados "fundos ilícitos da organização criminosa" da segunda pessoa detida, que ajudou "na ocultação de bens e valores", assim como "vários veículos de luxo, utilizados por outros membros da organização".
A dupla pode, assim, vir a ser condenada a 12 anos de prisão. Contudo, ainda será presente perante o Tribunal da Relação de Lisboa, para aplicação das medidas de coação.
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