Pelo menos 4 militares isrelitas feridos em confrontos no sul de Gaza
- 03/12/2025
Em comunicado, o Exército informou que as suas tropas se depararam com vários combatentes saídos de "uma infraestrutura terrorista clandestina" em Rafah, uma zona sob controlo total de Israel, o que desencadeou os confrontos.
Um soldado israelita ficou gravemente ferido e outros três, incluindo um sargento, sofreram ferimentos ligeiros.
"Os soldados foram retirados para o hospital para tratamento médico e as suas famílias foram notificadas", referiu o comunicado militar.
No seguimento deste incidente, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, iniciou uma reunião de urgência com membros do seu executivo para discutir uma resposta "em conformidade".
"A nossa política é clara: Israel não tolerará ataques contra soldados israelitas e responderá em conformidade", advertiu o chefe do Governo num comunicado divulgado pelo seu gabinete.
O líder israelita acusou o Hamas de "continuar a violar o acordo de cessar-fogo", em vigor na Faixa de Gaza desde 10 de outubro, ao realizar "atos terroristas" contra as suas forças.
A situação em Rafah é delicada, dado que militantes do Hamas continuam entrincheirados em túneis, provocando este tipo de incidentes.
Até à data, o Governo israelita tem mantido a sua posição em relação a estes militantes presos na cidade fronteiriça com o Egito, afirmando que pretende "capturá-los ou eliminá-los", a não ser que se rendam e entreguem as suas armas.
O Hamas, no entanto, tem vindo a alertar que os seus combatentes não se vão render e pediu aos mediadores internacionais uma solução que permita deslocarem-se para zonas fora da "linha amarela", o ponto para o qual as tropas israelitas se retiraram ao abrigo da trégua.
A primeira fase do cessar-fogo prevê a troca de reféns (20 vivos e 28 mortos) na Faixa de Gaza por quase dois prisioneiros palestinianos em posse de Israel, a retirada parcial das tropas israelitas no território e acesso de ajuda humanitária.
Depois de cumprida a recuperação de todos os reféns vivos nas primeiras horas da trégua, Israel condiciona a segunda fase do plano à entrega dos últimos dois reféns mortos por parte do Hamas, que hoje disse ter entregado um corpo, cuja identidade está ainda por verificar.
Ambas as partes têm trocado sucessivas acusações de violações da trégua antes das próximas etapas do plano promovido pelos Estados Unidos, que inclui a continuação da retirada israelita, o desarmamento do Hamas, o estabelecimento de um "conselho da paz" transitório para gerir a Faixa de Gaza e o destacamento de uma força internacional.
A guerra foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 70 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território, um desastre humanitário e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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