Pedro Chagas Freitas indignado com degradação do IPO
- 17/11/2025
Pedro Chagas Freitas não ficou indiferente à situação de degradação do edifício do IPO de Lisboa.
O pai de um utente do local terá fotografou um corredor do instituto, de seguida enviou a imagem para Ricardo Costa, CEO do grupo Bernardo da Costa, que partilhou no Facebook a imagem fazendo a denúncia.
Na foto, que se tornou viral nas redes sociais, é possível ver manchas de bolor, paredes sem tinta e o chão alagado.
O escritor resolveu pronunciar-se e mostrou toda a sua indignação sobre o estado do hospital
"Dizem-me que isto é um corredor do IPO de Lisboa. Dizem-me que neste corredor circulam crianças doentes. Eu não sei se acredito. Eu não quero acreditar. Não pode ser. Dizem-me ainda que cheira a mofo, que chove lá dentro, que está tudo a cair de podre. Eu não sei se acredito. Eu não quero acreditar. Não pode ser", começa por escrever o autor.
"A decadência pode ser um insulto. Um corredor onde passam crianças doentes deveria ser um templo clínico, jamais este epitáfio de azulejos a desfazerem-se. Este lugar não devia envelhecer, não poderia envelhecer. Envelhece. Envelhecem hospitais, escolas, corpos frágeis, a decência. A decadência instala-se no interior da indiferença", refere ainda.
"Estas paredes descascadas são uma tese completa, dizem mais sobre nós do que mil relatórios parlamentares. Um país revela-se naquilo que permite que apodreça. É absurdo, asqueroso: crianças de bata a avançarem por um corredor que parece desistir antes delas. Quem tem responsabilidade nisto tem deveres. Falhou todos. Há aqui uma ruína total: política, ética, civilizacional, emocional. Eu não sei se acredito. Eu não quero acreditar", referiu, por fim, Pedro Chagas Freitas.
O drama da vida pessoal de Pedro Chagas Freitas
O escritor, recorde-se, viveu um grande susto de saúde com o seu filho Benjamim. O menino, agora com sete anos, foi diagnosticado com deficiência de alfa-1antitripsina (doença que provoca baixos níveis da proteína alfa-1 antitripsina, podendo levar a danos nos pulmões e no fígado) aos três meses de idade.
A criança sofreu danos hepáticos e teve que se submeter a um transplante de fígado, tendo ficado internado no Hospital Pediátrico de Coimbra durante três meses. Recentemente, o escritor doou mais de dez mil euros em material à instituição.














