Palestina condena incitação de ministro israelita ao assassinato de Abbas
- 17/11/2025
"Estas declarações refletem uma política oficial do Estado de ocupação (israelita) que substitui o Estado de direito pela força, ignora a legitimidade internacional e depende da impunidade", afirmou o ministério num comunicado.
O texto acrescenta que este tipo de ameaça mina "as perspetivas de paz e estabilidade na região" e responsabiliza o governo israelita pelas possíveis "consequências desta retórica violenta", além de apelar à comunidade internacional para agir.
Num discurso antes da reunião semanal do seu partido, Ben-Gvir referiu o uso de "assassinatos direcionados" contra as autoridades palestinianas e a detenção de Abbas (conhecido como Abu Mazen), caso o Conselho de Segurança da ONU aprove uma resolução que mencione a possibilidade de um Estado Palestiniano.
"Netanyahu deve anunciar que Abu Mazen não tem imunidade. O reconhecimento deste Estado inventado está acelerado, quer seja perante a ONU ou para ser reconhecido, o senhor Primeiro-Ministro, deve ordenar o assassinato de altos responsáveis da Autoridade Palestiniana, que são terroristas em todos os sentidos da palavra", afirmou o ministro.
Uma vez aprovada esta resolução, Ben-Gvir também apelou a Netanyahu que prendesse Abbas, e para que dissesse que teria "uma cela pronta na prisão onde receberia o mesmo tratamento que qualquer terrorista."
"Prendam Abu Mazen e eu trato dele", acrescentou o ministro israelita.
As suas palavras, divulgadas no canal oficial da Knesset (Parlamento), surgem numa altura em que está previsto que o Conselho de Segurança da ONU vote dentro de algumas horas uma resolução - apoiada pelos EUA e que deverá fazer avançar o plano de Trump para Gaza - cujo projeto refere "um caminho para a autodeterminação e a criação de um Estado palestiniano".
Esta resolução, segundo noticiaram hoje meios de comunicação social como a CNN, aborda também a criação de uma Junta de Paz, que gerirá Gaza durante dois anos - e deverá supervisionar o desarmamento do Hamas -, com o apoio de forças internacionais e polícia palestiniana.
No entanto, espera-se que a Rússia - que apresentou um plano alternativo - a vete.
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