"País vai parar". Líder do BE acredita em "grande mobilização" na greve
- 10/12/2025
"Acredito mesmo que amanhã vai ser um dia de grande mobilização, acredito que em grande medida o país vai parar para sinalizar ao Governo e às direitas que o que estão a fazer é uma agressão ao mundo do trabalho e aos direitos das pessoas, aos pais e mães que trabalham, aos precários, aos trabalhadores que têm horas extraordinárias e que vão receber menos. Tudo isso vai ter que parar, porque é uma agressão absolutamente inqualificável aos direitos de quem trabalha", afirmou José Manuel Pureza.
O novo líder bloquista falava à agência Lusa no final de uma reunião com a UGT, em Lisboa, na véspera da greve geral agendada para quinta-feira, contra as alterações que o Governo quer fazer à legislação laboral.
José Manuel Pureza defendeu que é necessário que "a pressão" se mantenha para que o Governo tenha em conta as reivindicações e a oposição dos trabalhadores às alterações à legislação laboral".
"Eu não tenho nenhuma confiança neste Governo, evidentemente que não tenho, do ponto de vista político. O Governo jogará com as articulações que puder no parlamento, a extrema-direita tem-se mantido silenciosa sobre este pacote laboral porque na verdade concorda com o fundo da questão e, portanto, se não for a pressão da rua, se não for a pressão dos locais de trabalho, se não for a pressão da opinião pública, podemos ter uma vitória do Governo que vai contra aquilo que é a vontade social maioritária", salientou.
O coordenador do BE salientou também que "esta unidade entre as centrais sindicais, esta grande mobilização do mundo do trabalho é muito importante em si mesma, porque ela significa uma vontade muito grande de parar esta agressão ao mundo do trabalho, mas também significa que essa vontade é para durar".
"É importante que se mantenha toda esta grande mobilização para que o Governo não faça depois aquilo que já nos habituou, que é fazer uma manobra de diversão aqui ou acolá, adocicar a proposta aqui ou acolá e fazer passar as coisas em virtude da arquitetura parlamentar e da aritmética parlamentar", avisou.
O coordenador do BE considerou que a greve geral de quinta-feira "tem uma importância decisiva para aquilo que são as relações de trabalho em Portugal" e já proporcionou "uma vitória muito grande, o país deixou de falar de burcas, o país deixou de falar de manobras de diversão, e passou a falar daquilo que é essencial, que são os direitos das pessoas, do trabalho, da vida pessoal e vida laboral".
José Manuel Pureza indicou ainda que o partido "estará mobilizado em todo o país para, nos locais de trabalho, nos piquetes, na rua, dar toda a força a esta greve geral".
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