"Os jogadores do Manchester United já têm a identidade de Ruben Amorim"
- 01/12/2025
Filipe Celikkaya foi um dos nomes que teve contacto direto com Ruben Amorim enquanto este esteve no Sporting, uma vez que guiou a equipa de sub-19 às meias-finais da UEFA Youth League. Agora, enquanto treinador-adjunto do Chicago Fire, da MLS, não esconde que continua atento ao trabalho do português em Inglaterra.
Em declarações ao The Athletic, o técnico português falou sobre a situação de Ruben Amorim no Manchester United, alegando que este precisa de tempo para que o processo comece a dar frutos.
"É uma questão de processo. As pessoas pensam que o treinador se resume a táticas. Eu não acho que seja apenas tática. É muito mais do que isso. Quando se entra num clube e é preciso fazer algumas mudanças, as mudanças não são apenas em campo, nos treinos, no dia a dia. Tem tudo a ver com regras. Tem a ver com ambição. Tem a ver com colocar todos no mesmo caminho", começou por dizer Filipe Celikkaya.
"Quando se tem jogadores diferentes, grupos diferentes, é preciso adaptar-se a pessoas diferentes. Mas a autenticidade, a forma como se treina, continua a ser a mesma, porque é a forma de ser. Não se muda a pessoa por estar em clubes diferentes", continuou.
"Quando quiseram contratá-lo, foi por causa da forma como ele treinava, da forma como se apresentava. Ele nunca se esconde atrás de uma parede. Ele mostra humanidade e isso cria ligações mais fortes. Mesmo quando há pequenas discussões. E acho que os jogadores acreditam no que ele está a fazer", completou o treinador português, antes de falar sobre os jogadores dos red devils.
"Os jogadores que estão agora no Manchester United têm a identidade de Ruben Amorim. Eles querem trabalhar, tenho a certeza disso. Os que já não estão em Old Trafford é por não partilharem os mesmos valores do clube, que passam por estar todos os dias ao mais alto nível e ganhar títulos. Mas isso leva tempo", rematou.
Vida com altos e baixos na MLS, mas com ascendente à vista
Filipe Celikkaya é atualmente treinador adjunto da equipa do Chicago Fire, na Major League Soccer, nos Estados Unidos da América, onde conseguiu guiar a turma norte-americana à primeira ronda dos playoffs, tendo perdido frente ao Philadelphia Union. O objetivo passa por melhorar aos poucos e envolver mais os adeptos da cidade de Chicago.
"Em novembro, Berhalter afirmou que queríamos captar a atenção da cidade e jogar um futebol que tivesse ressonância junto dos adeptos. Conseguimos isso. Jogámos um futebol realmente ofensivo. Estabelecemos as bases, mas precisamos de melhorar", admitiu.
"Criar essa identidade e essa cultura é um processo que leva tempo. Chegar aos playoffs foi um grande passo. Estou a gostar de construir uma cultura, uma identidade e colocar o clube no lugar certo para ganhar um campeonato, uma MLS Cup", concluiu.














