OPEP mantém aumento de 1,31% da procura de petróleo em 2026
- 12/11/2025
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) sustenta esta estabilidade na sua previsão de que a economia mundial manterá um crescimento "estável" e "robusto", que mantém em 3% para este ano e 3,1% para 2026.
Na análise mensal do mercado, a OPEP também mantém a previsão que fez no mês passado sobre a procura de petróleo bruto para este ano: 105,14 milhões de barris por dia, mais 1,25% do que em 2024.
A OPEP argumenta que as tensões derivadas da política tarifária do Presidente norte-americano, Donald Trump, diminuíram devido aos acordos com parceiros como o Reino Unido, a União Europeia ou o Japão, bem como pela trégua comercial de um ano alcançada entre os Estados Unidos e a China.
Além disso, a OPEP espera que o consumo privado se mantenha e que os gastos públicos, por exemplo, em infraestruturas na Alemanha ou em defesa em toda a Europa e no Japão, sejam fatores que sustentem o crescimento económico em 2025 e 2026.
No entanto, o relatório adverte que alguns problemas comerciais e desafios geopolíticos, bem como os efeitos do prolongado 'shutdown' do Governo dos EUA e o desempenho da dívida americana, são elementos a serem observados em relação ao desenvolvimento da economia.
A OPEP reviu ligeiramente em baixa, em relação ao relatório do mês passado, a procura de petróleo dos seus doze países membros mais vários aliados, incluindo a Rússia (OPEP+), que agora estima em 42 milhões de barris por dia em 2026, o que significa que essa aliança controlará aproximadamente 40% do mercado.
Por países, embora os Estados Unidos continuem a ser o maior consumidor de petróleo em 2026 (20% do total mundial) são a China, a Índia e outras nações em desenvolvimento da Ásia que registarão o maior aumento da procura.
Na China e na Índia, prevê-se que a procura seja impulsionada pelo aumento dos rendimentos e do consumo das famílias e pela despesa pública, num contexto de baixa inflação.
Por outro lado, os países ricos da Europa consumirão em 2025 e 2026 apenas 0,2% e 0,3% mais petróleo do que este ano.
A OPEP espera, por exemplo, quedas na procura de diesel e óleo combustível pesado para a indústria e o transporte marítimo, devido à fraca atividade industrial e às políticas ambientais.
Em relação à oferta de petróleo bruto dos países não pertencentes à OPEP+, a América Latina é a região onde a extração mais aumentará, aproximadamente 5,7%.
A OPEP prevê que a produção no Brasil aumente em 2026 em cerca de 200.000 barris diários, para uma média de 4,5 milhões de barris por dia.
Os doze países da OPEP produziram em outubro passado, segundo fontes independentes, 28,4 milhões de barris por dia, que, somados à contribuição de outros dez grandes produtores aliados, chegaram a 43 milhões de barris por dia.
Entre esses países, destaca-se o aumento da produção de 47.000 barris por dia por parte da Rússia entre setembro e outubro, um aumento de 0,5%.
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