Oliveira despediu-se do MotoGP: "É triste, sei que ainda tenho potencial"
- 17/11/2025
Miguel Oliveira despediu-se este domingo do Mundial de MotoGP. A sua última prova foi o GP de Valência, no Circuito Ricardo Tormo, tendo cortado a meta em 11.º lugar depois de partir de 11.º.
O português da Pramac Yamaha mostrou-se satisfeito com este desfecho, ao referir em comunicado: "Foi uma boa corrida de despedida para mim. Fizemos alguns ajustes no warm-up e a moto pareceu muito melhor, e a corrida confirmou isso. Tive um ritmo bom, consistente e, a arrancar tão atrás, fiquei feliz por recuperar sete posições. Foi uma corrida em que desfrutei, uma boa maneira de dizer adeus aos meus adeptos e também à equipa".
Com o seu colega, Jack Miller, a ser nono, Miguel Oliveira considera que foi também um desfecho satisfatório para a Pramac. No campeonato, terminou em 20.º com 43 pontos somados - a 25 do adversário imediatamente à frente, Álex Rins da equipa oficial da Yamaha.
Miguel Oliveira tem "misto de emoções"
O futuro do piloto de Almada passa pelo Mundial de Superbike com a equipa oficial da BMW - um desafio que o entusiasma, apesar de não deixar de ter um sabor amargo devido à saída do MotoGP: "Agora sinto-me entusiasmado pela nova aventura, mas também triste por sair... é um misto de emoções. Vou enfrentar um novo desafio que parece tão assustador como empolgante. É triste porque sei que ainda tenho muito potencial neste paddock e sair assim não é fácil".
Por fim, Miguel Oliveira recordou resumidamente a sua trajetória pelo paddock do MotoGP: "Tive uma carreira com a qual muitos pilotos só podem sonhar. Tive o privilégio de ganhar em diferentes categorias e fiz parte de grandes equipas que me ajudaram a extrair o meu melhor potencial, em especial no Moto3 e no Moto2. Estou grato a vários fabricantes, várias equipas e várias pessoas que conheci ao longo destes anos que trouxeram o melhor de mim. Seja o que for que eu alcance no futuro, será também o resultado de todas estas experiências".
A última corrida após 14 anos no paddock
Este foi o último ato da carreira do luso como piloto de MotoGP a tempo inteiro. Chegou ao paddock em 2011 na extinta categoria 125cc, mantendo-se na classe de iniciação no ano seguinte quando começou a era Moto3.
Esteve lá até 2015, época na qual falhou o título por apenas seis pontos e somou seis vitórias em 18 corridas. Seguiram-se três anos no Moto2, onde acabou no top três do campeonato em duas ocasiões. Em 2018, foi vice-campeão a apenas nove pontos de Francesco Bagnaia.
A subida ao MotoGP deu-se em 2019. A estreia foi com a KTM Tech3, onde em 2020 obteve as suas duas primeiras vitórias. Passou, depois, na equipa de fábrica do construtor austríaco (onde ganhou por mais três vezes), antes de uma passagem de duas temporadas pelas equipas satélite da Aprilia.
Este ano, abraçou um novo desafio na Pramac Yamaha, mas os resultados e desempenhos não estiveram em linha com o esperado e a equipa optou por não o manter para 2026. A solução foi mudar-se para o Mundial de Superbike, onde no próximo ano será piloto de fábrica da BMW.
Miguel Oliveira despede-se do MotoGP com um dos melhores registos de 2025
Miguel Oliveira foi 11.º classificado, no Grande Prémio da Comunidade Valenciana, o último antes do 'adeus' ao MotoGP. Já a vitória, acabou por sorrir a Marco Bezzecchi, após uma batalha 'feroz' com Raúl Fernández.
Carlos Pereira Fernandes | 13:45 - 16/11/2025Leia Também: Miguel Oliveira despede-se do MotoGP. Recorde a sua carreira em imagens
