Oito em dez europeus apoiam política de defesa comum da UE
- 12/12/2025
Além disso, 83% acreditam que a União Europeia (UE) deve também reforçar a sua independência económica e diversificar as suas relações comerciais a nível mundial, de acordo com o documento divulgado na quinta-feira.
Em matéria de defesa e segurança, o Eurobarómetro, realizado entre 09 de outubro e 05 de novembro de 2025 junto de mais de 26.000 cidadãos da UE, indicou que 79% dos europeus concordariam com uma estratégia comum de defesa -- o segundo número mais alto registado desde 2004, após o recorde obtido no ano passado.
Os europeus acreditam que a ação que teria um impacto mais positivo nas suas vidas a curto prazo é garantir a paz e a estabilidade (selecionada por 42%), seguida da criação de mais oportunidades de emprego (26%), da garantia de abastecimento de alimentos, saúde e indústria dentro da UE (25%) e da gestão da migração ilegal (24%).
Os cidadãos comunitários responderam assim num contexto em que a UE e os seus 27 Estados-membros planeiam aumentar o seu poder militar e a despesa com a defesa até 2030, em resposta à ameaça da Rússia.
De facto, 77% dos inquiridos concordam que a invasão russa da Ucrânia (iniciada em fevereiro de 2022) representa uma ameaça à segurança da UE, e 26% consideram-na o problema mais grave que a UE enfrenta, seguido da imigração (20%), da situação internacional (19%) e da segurança e defesa (18%).
Assim, 57% concordam que a UE financie a compra e o fornecimento de equipamento militar à Ucrânia.
Além da estabilidade geopolítica, os inquiridos demonstraram um forte apoio ao reforço da estabilidade e independência económica da UE, com 83% de apoio em toda a UE.
Neste aspeto, a perceção da situação da economia europeia está dividida, havendo 46% dos europeus a considerá-la positiva, ao passo que outros 46% a consideram negativa.
O Eurobarómetro registou também o maior apoio histórico à moeda comum na UE, com 74% dos europeus a favor de uma área económica e monetária comum.
Em relação à Zona Euro, a sondagem refletiu o segundo resultado mais elevado desde 2004 (82%).
Por último, quanto à perceção de pertença à União Europeia, três em cada quatro inquiridos afirmam que os seus países beneficiaram por serem membros da UE, e quase três quartos dos inquiridos (73%) afirmaram sentir-se cidadãos da UE.
Apesar disso, a perceção sobre o futuro da UE é mais pessimista do que há um ano, com 59% dos cidadãos a manifestarem otimismo (em vez dos anteriores 62%), em contraste com 38% que rejeitam esta visão positiva (em vez dos anteriores 35%).
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