"Nunca aconteceu ter relações minadas com ninguém", diz Marcelo
- 10/11/2025
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta segunda-feira, que nunca teve "relações minadas com ninguém", a propósito das últimas notícias que envolvem Marcelo e o candidato Henrique Gouveia Melo. Sobre a greve geral marcada pela CGTP e UGT, escusou-se a comentar.
Marcelo Rebelo de Sousa foi, primeiramente, questionado acerca da nova Lei dos Estrangeiros, adiantando que a proposta deveria chegar ainda hoje a Belém.
"Eu estava à espera que chegasse hoje até às 17h00. Mas, às 18h00, ainda não tinha chegado e, portanto, entra amanhã. Contam os oito dias a partir de amanhã, penso eu. Se tiver chegado agora ou chegar amanhã contam os oito dias em que o Presidente tem de esperar porque se trata de uma lei com um regime constitucional especial", disse, em declarações aos jornalistas, em Luanda, Angola.
Já perguntado se sente que está a interferir nestas eleições presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que já havia sido perguntado acerca do assunto e que já se tinha pronunciado.
"O que eu disse, corresponde ao que sempre disse e é o que se mantém. Acho que o Presidente não deve comentar os presidentes anteriores, nem os seguintes, os candidatos à sucessão. Esse é um bom princípio. É o princípio de funcionamento normal das instituições, pois se não comenta nenhuma eleição autárquica, europeia, legislativa. Por maioria de razão, uma eleição presidencial", salientou.
Confrontado com os últimos acontecimentos que envolvem o Presidente da República e o candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo, Marcelo Rebelo de Sousa salientou "nunca ter relações minadas com ninguém".
"O Presidente em funções nunca lhe aconteceu ter relações minadas com ninguém. Não sei se é uma qualidade ou um defeito, mas é assim a maneira de ser desse Presidente, é que cultiva relações com toda a gente, independentemente das personalidades, das áreas políticas, religiosas, sociais, económicas. É a maneira de ser. A pessoa nasce assim e até à morte fica assim", apontou.
Perguntado sobre se há ou não razão objetivas para uma greve geral, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a responder.
"Não vá esperar que eu agora vá comentar uma matéria dessas, sobretudo aqui, mesmo sendo território português como é a embaixada [portuguesa em Angola]. Não vou comentar", notou.
O Presidente da República, recorde-se, encontra-se numa viagem oficial a Angola, onde participará nas comemorações dos 50 anos da independência do país.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou esta segunda-feira à capital angolana, acompanhado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e por um deputado de cada grupo parlamentar da Assembleia da República.
A visita, segundo uma nota divulgada pela presidência, "constituirá um momento muito significativo na relação de estreita cooperação e profunda amizade entre Portugal e Angola".
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