Netanyahu vai reunir-se com Trump nos Estados Unidos
- 27/12/2025
A agenda deverá ser extensa, segundo a imprensa local, com discussões sobre a segunda fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Este será o quinto encontro entre os dois líderes nos Estados Unidos desde o regresso do Presidente republicano à Casa Branca, há quase um ano.
"Netanyahu provavelmente virá ver-me à Florida", disse Trump em meados de dezembro, referindo-se à sua propriedade em Mar-a-Lago.
"Ele quer ver-me", sublinhou.
De acordo com o jornal israelita Yedioth Ahronoth, os dois líderes vão discutir o Irão, o principal inimigo de Israel, após a guerra entre os dois países, em junho passado.
Espera-se também que discutam a Síria, o movimento libanês Hezbollah e, principalmente, a implementação da segunda fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza.
O Governo dos Estados Unidos e os mediadores regionais, liderados pelo Egito e pelo Qatar, apelam a uma aceleração do processo para dar início a esta nova fase.
Prevista pelo plano de paz dos Estados Unidos, supervisionado por Trump, a trégua pôs fim a dois anos de uma guerra mortífera e devastadora em outubro, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas palestiniano a 7 de outubro de 2023, mas todavia continua frágil, com ambos os lados a acusarem-se mutuamente de violações, afirma a Agência Noticiosa francesa France Presse (AFP).
A segunda fase prevê o desarmamento do movimento palestiniano, a retirada gradual do Exército israelita de toda a Faixa de Gaza, o estabelecimento de uma autoridade de transição e o envio de uma força internacional de estabilização.
Antes de iniciar negociações sobre estas questões espinhosas, Israel exige a devolução do corpo do último refém em Gaza, o agente policial Ran Gvili. O Hamas afirma que ainda não o conseguiu localizar.
Segundo o portal de notícias norte-americano Axios, citando fontes da Casa Branca, a administração Trump quer anunciar o mais rapidamente possível um Governo de tecnocratas palestinianos --- a autoridade de transição prevista para Gaza.
O 'site' sublinha que altos funcionários americanos estão "cada vez mais frustrados com as ações de Netanyahu, que minam o frágil cessar-fogo e o processo de paz".
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