Netanyahu terá pedido estratégia para evitar culpas após ataque do Hamas

  • 23/12/2025

Eli Feldstein, que está a ser julgado por alegadamente ter divulgado informações classificadas à imprensa, fez a acusação explosiva numa extensa entrevista ao canal público israelita Kan, na noite de segunda-feira.

 

Os críticos têm acusado repetidamente Netanyahu de recusar assumir culpas pelo ataque mais mortífero da história de Israel. No entanto, pouco se sabe sobre o comportamento do primeiro-ministro nos dias imediatamente a seguir ao ataque, período durante o qual tem resistido de forma consistente à abertura de um inquérito estatal independente.

Em declarações à Kan, Feldstein disse que "a primeira tarefa" que recebeu de Netanyahu após o '07 de outubro' foi travar os apelos à responsabilização.

"Ele perguntou-me: 'Do que estão a falar nas notícias? Ainda estão a falar de responsabilidade?' Queria que eu pensasse em algo que pudesse ser dito para contrariar a tempestade mediática em torno da questão de saber se o primeiro-ministro tinha assumido responsabilidades ou não", relatou Feldstein. 

O então conselheiro acrescentou que Netanyahu parecia "em pânico" quando fez o pedido. Feldstein afirmou ainda que, mais tarde, foi instruído por pessoas do círculo próximo do primeiro-ministro a omitir a palavra "responsabilidade" de todas as declarações públicas.

A 07 de outubro de 2023, militantes liderados pelo movimento islamita palestiniano Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas no sul de Israel e fizeram 251 reféns, levados para Gaza. Israel lançou então uma guerra devastadora no enclave palestiniano que já provocou quase 71.000 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que não distingue civis de combatentes, mas indica que cerca de metade das vítimas eram mulheres e crianças.

O gabinete de Netanyahu classificou a entrevista como "uma longa série de alegações mentirosas e recicladas feitas por um homem com claros interesses pessoais, que tenta desviar a responsabilidade de si próprio", segundo a imprensa hebraica.

As declarações de Feldstein surgem após ter sido acusado num julgamento em que é suspeito de ter divulgado informação militar classificada a um tabloide alemão, com o objetivo de melhorar a perceção pública do primeiro-ministro após a morte de seis reféns em Gaza, em agosto do ano passado.

Feldstein é também suspeito no escândalo conhecido como 'Qatargate', sendo um de dois conselheiros próximos de Netanyahu acusados de terem recebido dinheiro do Qatar enquanto trabalhavam simultaneamente para o primeiro-ministro.

Na segunda-feira, a propósito do 'Qatargate', e após novas revelações, o ex-primeiro-ministro israelita Naftali Bennett pediu a demissão de Netanyahu, já alvo de um julgamento por corrupção, acusando-o de traição em pleno estado de guerra.

"O gabinete de Netanyahu traiu o Estado de Israel e os soldados das Forças de Defesa de Israel em tempo de guerra e agiu em nome do Qatar para obter ganhos pessoais, enquanto ele próprio tenta encobrir o facto", declarou nas redes sociais Bennett, primeiro-ministro entre 2021 e 2022.

Neste caso, conselheiros de Netanyahu são suspeitos de terem recebido pagamentos de Doha para promover os interesses do Qatar em Israel.

No âmbito da investigação judicial, dois conselheiros de Netanyahu, Yonatan Urich e Eli Feldstein, foram detidos brevemente no final de março. Uma terceira pessoa implicada, Yisrael Einhorn, vive atualmente na Sérvia.

O canal de televisão i24 noticiou no domingo à noite alegadas conversas entre Feldstein e Einhorn, que, segundo a estação, provam que trabalhavam para o Qatar.

Além disso, Yonatan Urich e Eli Feldstein são suspeitos, de acordo com outros órgãos de comunicação social israelitas, de terem passado informações confidenciais a fontes qataris durante a guerra na Faixa de Gaza.

Leia Também: "Quando chegar a hora, estabeleceremos grupos de pioneiros em Gaza"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2908972/netanyahu-tera-pedido-estrategia-para-evitar-culpas-apos-ataque-do-hamas#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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