Netanyahu falou com Musk e convidou empresário para conferência em Israel
- 29/12/2025
O convite foi feito pelo próprio primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, numa chamada telefónica feita no domingo à noite, a partir da Florida (Estados Unidos), na véspera do seu encontro com o Presidente norte-americano, Donald Trump.
Musk aceitou o convite do primeiro-ministro israelita, e os dois discutiram "a continuidade da colaboração com a Tesla e o avanço da legislação relacionada com veículos autónomos", referiu o gabinete governamental israelita, num comunicado.
Netanyahu chegou no domingo aos Estados Unidos para aquele que será o seu quinto encontro, este ano, com o Presidente norte-americano.
Embora não exista uma agenda pública, espera-se que discutam os progressos do cessar-fogo na Faixa de Gaza, nomeadamente a passagem a segunda fase do acordo, mas também as tensões de Israel com o Irão e o Líbano.
Netanyahu encontrou-se hoje com Tali e Itzik Gvili, pais de Ran Gvili, o último refém morto cujo corpo ainda permanece em Gaza.
O governante ofereceu apoio aos pais de Ran Gvili, garantindo-lhes que estão a ser feitos todos os esforços para repatriar o corpo.
Desde que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza, patrocinado por Trump, entrou em vigor a 10 de outubro deste ano, o movimento radical palestiniano entregou os 20 reféns que permaneciam vivos no enclave e 47 dos 48 corpos de reféns mortos.
Quando o Hamas entregar o último corpo, a chamada primeira fase do acordo de paz será considerada como concluída e terá início a segunda, que prevê, entre outros aspetos, o desarmamento do grupo radical, o recuo das tropas israelitas no enclave e a constituição de um governo tecnocrata para o território, devastado por dois anos de guerra, que teve início em outubro de 2023.
O primeiro-ministro israelita deverá também encontrar-se, ainda hoje, com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
Segundo a imprensa israelita, Netanyahu vai reunir-se com Trump na sua propriedade de Mar-a-Lago, em Palm Beach, sendo esperado que o Presidente norte-americano exija progressos no cessar-fogo que os Estados Unidos ajudaram a intermediar em outubro passado.
No entanto, mais de três meses após a entrada em vigor do cessar-fogo, as condições de vida dos palestinianos na devastada Faixa de Gaza não melhoraram, uma vez que milhares continuam a viver em condições precárias em tendas que foram agora danificadas pelas fortes chuvas que caem desde o início do mês.
Além disso, os ataques das tropas israelitas, que ainda controlam mais de 50% de Gaza, não cessaram completamente.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas, mais de 400 palestinianos foram mortos em ataques israelitas desde a entrada em vigor da trégua.
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