Netanyahu elogia "ação energética" dos EUA contra juízes do TPI
- 18/12/2025
"Israel reconhece a liderança decisiva e as ações enérgicas do secretário de Estado [norte-americano] Marco Rubio e a determinação dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, em combater o flagelo do uso da lei como arma, que representa uma grave ameaça para ambas as nações", escreveu Netanyahu na rede social X.
Os Estados Unidos impuseram hoje sanções a dois juízes do TPI, por "participaram em iniciativas para investigar, deter ou processar israelitas sem a permissão de Israel".
Para o chefe do Governo israelita, o TPI "deve ser visto e tratado como é", acusando-o de ser "um organismo político hostil dedicado a destruir o sistema do Estado, principalmente através da realização de falsos crimes ilegais" contra Israel e os Estados Unidos.
No comunicado em que anunciou as sanções contra os juízes do TPI, o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, referiu a decisão do tribunal internacional, anunciada na segunda-feira, rejeitando uma série de recursos apresentados por Israel sobre as investigações das suas ações durante a ofensiva militar desde outubro de 2023 na Faixa de Gaza.
Segundo o secretário de Estado norte-americano, "o TPI continua a realizar ações politizadas contra Israel, o que cria um precedente perigoso para todas as nações".
Em resposta, o TPI condenou o anúncio de Rubio e criticou as sanções como "um ataque flagrante à independência de uma instituição judicial imparcial que opera de acordo com o mandato concedido pelos seus Estados-membros de diversas regiões".
O TPI afirmou que "continuará a cumprir o seu mandato com independência e imparcialidade, em estrita observância do Estatuto de Roma", o seu texto fundador, "e no interesse das vítimas de crimes internacionais".
O mesmo tribunal criminal da ONU emitiu em novembro de 2024 mandados de captura para Benjamin Netanyahu e o seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusados de crimes de guerra e contra a humanidade relacionados com a ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Pediu igualmente a detenção de três altos responsáveis do grupo islamita palestiniano Hamas, entretanto mortos no decurso do conflito.
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