Netanyahu anuncia investigação ao 7 de Outubro liderada pelo governo

  • 16/11/2025

Segundo o jornal Jerusalem Post, como parte da decisão do Governo, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, deverá criar um painel ministerial especial com poderes para determinar o mandato da comissão.

 

Uma comissão de inquérito estatal deveria envolver uma investigação que opera independentemente dos decisores políticos, com membros nomeados pelo Supremo Tribunal, mas o chefe do executivo solicitou que "seja conduzida por uma comissão diferente, perante a crescente divisão entre o Governo e o poder judicial", refere o jornal.

De acordo com a resolução, a comissão terá plena autoridade de investigação e o Governo esforçar-se-á para que a sua composição receba "a mais ampla aprovação pública possível", refere pelo seu lado o The Times of Israel.

O jornal acrescenta que Benjamin Netanyahu formará o painel ministerial especial que será responsável por determinar o mandato da comissão, incluindo os temas e os prazos que serão investigados.

Este painel terá 45 dias para apresentar as suas recomendações ao governo.

O primeiro-ministro tem recusado a criação de uma estrutura de investigação independente às falhas de segurança durante os ataques liderados pelo Hamas há dois anos no sul de Israel, onde cerca de 1.200 pessoas foram massacradas e 251 levadas como reféns, desencadeando o conflito na Faixa de Gaza.

Apesar das recomendações do Supremo Tribunal e das sondagens que mostram uma maioria favorável à criação de uma comissão independente, Netanyahu opõe-se à longa data, alegando que poderia afetar o curso da guerra, uma argumentação que os opositores dizem já não fazer sentido com a trégua em vigor no enclave palestiniano.

Em reação à decisão hoje tomada pelo executivo, o líder da oposição israelita e ex-primeiro-ministro, Yair Lapid, alertou hoje que o Governo está a tentar manipular uma investigação interna sobre o ataque das milícias palestinianas.

Lapid acusou o governo de "fazer tudo o que é possível para escapar à verdade e de se esquivar à sua responsabilidade" e reivindicou uma comissão estatal com consenso público.

"É disto que o país precisa, é isto que o povo exige e é isto que vai acontecer", declarou.

O líder do partido centrista Yesh Atid acrescentou que "a recusa do Governo em investigar as suas falhas põe em risco a segurança nacional, constitui um insulto e uma evasão de responsabilidade para com os soldados e as suas famílias que tanto se sacrificaram desde 07 de Outubro".

Yair Golan, líder do partido Os Democratas, também criticou hoje o executivo, ao afirmar que "quem está a ser investigado não nomeia os seus próprios investigadores", exigindo igualmente uma comissão independente sem restrições políticas.

A resolução do Governo surge um dia após milhares de pessoas se concentrarem em várias cidades de Israel para exigir uma comissão de investigação aos acontecimentos de 07 de outubro de 2023.

Segundo a imprensa israelita, as manifestações foram realizadas junto do Ministério da Defesa em Telavive e também em Haifa, no norte de Israel, e noutras localidades do país.

Os protestos antigovernamentais são agora dirigidos à criação da comissão independente, após quase dois anos de amplas concentrações semanais a exigir ao executivo negociações para libertar os reféns em posse das milícias palestinianas.

Desde o acordo de cessar-fogo em vigor a partir de 10 de outubro na Faixa de Gaza, falta apenas resgatar três corpos do total de reféns (20 vivos e 28 mortos) no âmbito do compromisso com o Hamas.

"Deve ser uma comissão equilibrada que ouça todos, investigue todos e goze da máxima confiança pública. A única forma de garantir essa confiança é através de um amplo consenso sobre a composição da comissão. Nesta comissão de consenso, serei o primeiro a apresentar-me", disse Netanyahu recentemente no Knesset (parlamento), sem adiantar qualquer compromisso nesse sentido.

O dia 07 de outubro de 2023 representou um fracasso histórico dos serviços de segurança e de informação de Israel, que lançou deste então uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza.

A ofensiva israelita provocou mais de 69 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

O acordo de cessar-fogo prevê a troca de prisioneiros e de corpos entre as partes, a retirada parcial das forças israelitas do enclave e o acesso de ajuda humanitária ao território.

A etapa seguinte, ainda por acordar, prevê a continuação da retirada israelita, o desarmamento do Hamas, bem como a reconstrução e a futura governação do enclave.

Leia Também: Netanyahu anuncia "medidas enérgicas" contra colonos violentos na Cisjordânia

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2889283/netanyahu-anuncia-investigacao-ao-7-de-outubro-liderada-pelo-governo#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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