"Nada obsta a que militares portugueses participem em missões de paz"
- 20/12/2025
Luís Montenegro falava na conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, no âmbito da sua primeira visita a Kyiv enquanto primeiro-ministro.
"Nada vai obstar a que militares portugueses possam fazer na Ucrânia o que já estão a fazer aqui ao lado, na Eslováquia, na Roménia, na Letónia, na Lituânia, em tantos outros países onde as nossas Forças Nacionais Destacadas no âmbito da União Europeia, no âmbito da NATO, participam em missões de paz e participam em missões de dissuasão e de segurança", afirmou.
Montenegro disse querer ser muito claro: "Hoje, isso não está previsto e, portanto, ao dia de hoje, a nossa participação não envolve nenhum tipo de empenhamento terrestre. Já envolve participação a nível marítimo e a nível aéreo".
"No futuro, tudo estará em aberto ao abrigo daquelas que são as nossas responsabilidades", assegurou.
Questionado se compreendia a posição portuguesa, o Presidente da República Volodymyr Zelensky disse entender que apenas depois do cessar-fogo se possa falar neste tema.
"Concordo com o Luís, é muito cedo para falar nisso", disse, afirmou.
Na terça-feira, numa audição parlamentar, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, tinha afastado o envio de portugueses para um cenário de guerra na Ucrânia, mas admitiu que Portugal possa integrar uma "força de paz" num contexto de um acordo com garantias de segurança.
"Portugueses, para um cenário de guerra não irão, isso é certo. Mas, se houver paz, não é a primeira vez que fazemos parte de forças de paz", disse Paulo Rangel, respondendo a uma pergunta do Chega durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
[Notícia atualizada às 13h42]
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