Mulheres recebem pensões inferiores em um quarto do valor das dos homens
- 27/11/2025
Em 2024, a diferença do nível médio das pensões das mulheres quando comparadas com as dos homens foi de 10%, ou menos, na República Checa, Estónia, Islândia, Eslováquia e Eslovénia.
Essa diferença superou os 35% na Áustria, México, Países Baixos e Reino Unido, e os 47% no Japão.
Estas disparidades resultam principalmente de "trajetórias divergentes de emprego e salários entre homens e mulheres", de acordo o estudo "Pensions at a glance 2025", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Contudo, a diferença média nas pensões atribuídas a homens e mulheres nos países da OCDE diminuiu de 28% em 2007 para 23% em 2024.
As reduções mais significativas ocorreram na Alemanha, Grécia e Eslovénia, onde essa diferença diminuiu em mais de 15 pontos percentuais entre 2007 e 2024.
No Luxemburgo, Noruega, Portugal e Turquia, a redução superou os 10 pontos percentuais.
O relatório da OCDE estima que as disparidades de género entre homens e mulheres serão "praticamente" eliminadas "até 2050 em Portugal e na Eslovénia", e que sofrerão "uma forte redução para 10% ou menos" na Bélgica e no Luxemburgo, "apesar das significativas disparidades de género que ainda persistem no trabalho a tempo parcial nos quatro países".
"Em muitos países da OCDE, a forte redução das diferenças no mercado de trabalho entre homens e mulheres está a impulsionar esta redução da diferença média entre homens e mulheres nas pensões, mas leva tempo para que estas mudanças sejam totalmente refletidas em menores desigualdades nas pensões", acrescenta o documento.
Em Portugal, a percentagem de mulheres que recebem pensões mínimas aproxima-se dos 70%, a par de países como a Áustria, Finlândia, Letónia, Lituânia, Noruega, Portugal e Suécia.
Leia Também: OCDE: Portugal será 8.ª país com idade da reforma mais alta (aos 68 anos)













