Morreu a atriz Brigitte Bardot, ícone do cinema francês. Tinha 91 anos
- 28/12/2025
Morreu este domingo a atriz Brigitte Bardot, ícone do cinema francês. A artista tinha 91 anos e vários problemas de saúde. A notícia foi avançada pela sua fundação, refere a agência de notícias francesa AFP.
"A Fundação Brigitte Bardot anuncia com enorme tristeza a morte da sua fundadora e presidente, Madame Brigitte Bardot, atriz e cantora reconhecida mundialmente, que decidiu abandonar a sua prestigiosa carreira para dedicar a sua vida e energia à defesa dos animais e à sua Fundação", pode ler-se no comunicado.
A Fundação adianta ainda que a antiga atriz morreu na sua residência La Madrague, em Saint-Tropez, no sul de França.
Brigitte Bardot nasceu a 28 de setembro de 1934 em Paris, França. Estreou-se no mundo do cinema em 1952 com o icónico filme "The Girl In The Bikini", tendo sido considerada uma sex symbol nas décadas de 1950 e 1960.
Em 1957, recorde-se, ganhou fama mundial ao protagonizar o controverso filme "E Deus Criou a Mulher".
Em outubro deste ano foi internada de urgência num hospital em Toulon, no sul de França, onde vivia. Brigitte foi, na altura, submetida a uma cirurgia que correu bem, referiu a agência de notícias francesa AFP que citou a equipa da artista.
Brigitte Bardot e a luta pelos direitos dos animais
Antes de completar 40 anos e no auge da sua carreira, Brigitte deixou o cinema para se dedicar à luta pela defesa dos animais. A artista confessou que estava cansada da sétima arte pois já tinha feito mais de 40 filmes e queria sair "de forma elegante" da profissão. Nos anos seguintes, recusou vários convites (milionários) para voltar a representar.
Em 1986, criou a Fundação Brigitte Bardot, dedicada aos direitos dos animais e apresentou em televisão a série "S.O.S. Animaux", entre 1989 e 1992. Foi ainda a líder de campanhas contra a caça às baleias, experiências em laboratório com animais, lutas de cães e o uso de casacos de pele. Bardot dedicou-se também à abolição do consumo da carne de cavalo.
"O presente mais bonito que eu poderia receber, após 50 anos de apelos a governos e presidentes, seria a abolição do consumo de carne de cavalo. Quando saí do cinema, foi a primeira coisa que pedi. Que os cavalos não deveriam ser mortos ou comidos em França. Não recebi nada! Teria sido um presente maravilhoso para mim", confessou à AFP no âmbito das celebrações dos seus 90 anos.
[Notícia atualizada às 10h44]














